segunda-feira, dezembro 31, 2007

Sejam felizes em 2008. Como?
- Filiem-se no Partido Socialista


“Esteja calado e ouça”, disse o primeiro-ministro de Portugal (de que outro país poderia ser?) ao deputado Nuno Melo do CDS/PP. Da próxima, até porque gosta de ser criativo, José Sócrates dirá, se é que já não disse, “coma e cale”.

E como oportunidades não faltam, um dia destes ouviremos o chefe do governo de Portugal (de que outro país poderia ser?) dizer - se é que já não disse: “Eu quero, eu posso, eu mando”. Mas, o mais grave é que a tese do autocrático (há muito que deixou de ser simples arrogância) José Sócrates está a fazer escola.

Sobejam os exemplos na vida política, empresarial, social (ou qualquer outra) dos que se põem em bicos de pés para, nem sempre usando de um poder legitimado pela escolha popular, mandar calar os outros, retirando-lhes um dos mais elementar direitos – o de opinião.

Por vias indirectas, mas quase todas com o rabo de fora, o Governo de Portugal (de que outro país poderia ser?) está a criar na sociedade verdadeiros arautos da verdade absoluta (que já não é socialista mas, isso sim, socrática ou socretina) e que, cada vez mais, vão alternando o “ouça e esteja calado” com o “esteja calado e ouça”.

Alguns vão acrescentando, seguindo o espírito criativo do chefe, “esteja calado e ouça... se quer comer”.

Em Portugal (de que outro país poderia ser?) esta praga domina de tal forma os diferentes poderes que, sinceramente, começo a pensar que mesmo não ouvindo o melhor é estar calado.

Aliás, como diz o meu merceeiro recordando-me uma história já velha deste Portugal (de que outro país poderia ser?), nada melhor para não errar do que nada fazer. Ou seja, estar calado e ouvir, comer e calar porque, afinal, “eles querem, podem e mandam”.

E que querem, querem. E que podem, podem. E que mandam, mandam. Não admira, por isso que em Portugal (de que outro país poderia ser?) sejam cada vez menos os que se acham no direito de ter e de manifestar uma opinião diferente da do chefe.

Até eu que tenho um grave “defeito” de fabrico, o de ser o que sou e não o que os outros querem que eu seja, moldado nas terras de gente boa (Angola), fui ao arquivo recuperar a proposta de militante que um amigo do Partido Socialista de Portugal (de que outro país poderia ser?) me enviou...

Se calhar (digo eu) o BCP precisa de um assessor de imprensa, mas só se for… socialista.

1 comentário:

ELCAlmeida disse...

E um assessor para o assessor não é preciso. assim como assim se dois dos candidatos à Administração são reformados do BCP, porque não eu que pertenço ao mesmo clube...
Bom Ano e boas fichas
EA