Perante o olhar atento e belicista de Hugo Chávez, Espanha e Brasil procuram apagar o fogo que lavra entre a Colômbia, Equador e Venezuela e que pode transformar-se num incêndio que faça implodir toda a região. Ao seu estilo, o presidente venezuelano mandou milhares de militares e um assinalável arsenal para a fronteira colombiana para, diz, "pôr na linha o inimigo... norte-americano." No entanto, do ponto de vista político, Chávez foi ultrapassado.
Em Washington, Colômbia e o Equador chegaram a um pré-acordo sobre a resolução da OEA (Organização dos Estados Americanos) que propõe uma solução para a crise diplomática e militar gerada após a operação militar colombiana, em território equatoriano, e da qual resultou a morte de Raúl Reyes, um dos líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), organização considerada pelos EUA e pela UE como terrorista.
Apesar de também ter reforçado o seu arsenal na fronteira e ter garantido que não cede às pressões da Venezuela, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, continua a apostar forte na frente diplomática e nas denúncias contra Hugo Chávez, prometendo provas de que este dava apoio logístico e financeiro às FARC.
Miguel Moratinos, ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, mantém contactos ininterruptos com os seus homólogos da Colômbia, Fernando Araújo, e do Equador, María Isabel Salvador, e está optimista quanto à resolução pacífica do conflito.
Embora tenha reconhecido que a situação é "complexa", o presidente do Brasil, Lula da Silva, conversou com o homólogo do Equador, Rafael Correa, e diz que existe espaço para uma solução negociada, aconselhando "moderação nas palavras".
Ao ver as conversações políticas a passarem ao lado da Caracas, o Ministério de Defesa da Venezuela anunciou ontem a mobilização de forças por "terra, mar e ar" na fronteira com a Colômbia para realizar um trabalho de "defesa". De acordo com o coordenador das Forças Armadas, Jesús Gregorio González, todos os efectivos considerados necessários, oito mil soldados e respectivo equipamento, já estão a controlar os 2,5 mil quilómetros da fronteira com a Colômbia.
Entretanto, Hugo Chávez divulgou a informação de que tem conversado com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, sobre a crise, tendo manifestado a vontade venezuelana de "ajudar a encontrar uma solução pacífica para o problema".
Ontem, o ministro da Defesa venezuelano, Gustavo Rangel, desmentiu o seu colega da Agricultura, Elías Jaua Milano, que tinha dito que Chávez mandara fechar a fronteira com a Colômbia."O presidente não deu essa ordem", garantiu Rangel.
Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)/Orlando Castro
Em Washington, Colômbia e o Equador chegaram a um pré-acordo sobre a resolução da OEA (Organização dos Estados Americanos) que propõe uma solução para a crise diplomática e militar gerada após a operação militar colombiana, em território equatoriano, e da qual resultou a morte de Raúl Reyes, um dos líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), organização considerada pelos EUA e pela UE como terrorista.
Apesar de também ter reforçado o seu arsenal na fronteira e ter garantido que não cede às pressões da Venezuela, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, continua a apostar forte na frente diplomática e nas denúncias contra Hugo Chávez, prometendo provas de que este dava apoio logístico e financeiro às FARC.
Miguel Moratinos, ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, mantém contactos ininterruptos com os seus homólogos da Colômbia, Fernando Araújo, e do Equador, María Isabel Salvador, e está optimista quanto à resolução pacífica do conflito.
Embora tenha reconhecido que a situação é "complexa", o presidente do Brasil, Lula da Silva, conversou com o homólogo do Equador, Rafael Correa, e diz que existe espaço para uma solução negociada, aconselhando "moderação nas palavras".
Ao ver as conversações políticas a passarem ao lado da Caracas, o Ministério de Defesa da Venezuela anunciou ontem a mobilização de forças por "terra, mar e ar" na fronteira com a Colômbia para realizar um trabalho de "defesa". De acordo com o coordenador das Forças Armadas, Jesús Gregorio González, todos os efectivos considerados necessários, oito mil soldados e respectivo equipamento, já estão a controlar os 2,5 mil quilómetros da fronteira com a Colômbia.
Entretanto, Hugo Chávez divulgou a informação de que tem conversado com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, sobre a crise, tendo manifestado a vontade venezuelana de "ajudar a encontrar uma solução pacífica para o problema".
Ontem, o ministro da Defesa venezuelano, Gustavo Rangel, desmentiu o seu colega da Agricultura, Elías Jaua Milano, que tinha dito que Chávez mandara fechar a fronteira com a Colômbia."O presidente não deu essa ordem", garantiu Rangel.
Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)/Orlando Castro
Sem comentários:
Enviar um comentário