Portugal tem destas coisas. Nos últimos 20 anos mais do que duplicou a produção de azeite, de 26 mil toneladas para 68 mil, ao mesmo tempo que reduziu para metade o total de lagares.
É caso para dizer que é um país de azeiteiros (“que ou quem produz ou vende azeite”). É altura de o Governo dar loas a todos os azeiteiros nacionais que são, de facto, boas pessoas e produzem algo de qualidade reconhecida internacionalmente.
Em 1990, ano que constituiu o ponto mais baixo que se conhece de produção de azeite, Portugal possuía quase mil lagares, para produzir 26 mil toneladas daquele produto alimentar.
Mas, passados 20 anos, tendo em conta dados do final de 2009, o país já tinha reduzido para metade o número de lagares, ou seja, para pouco mais de 500, aumentando a produção de azeite para as 68 mil toneladas.
Se calhar, partindo deste exemplo de menos lagares mas mais e melhor qualidade, não seria mau adaptar a estratégia a outros azeiteiros (neste caso “indivíduos que exploram prostitutas, chulos”) que proliferam por aí, nomeadamente naquelas coisas a que chamam Assembleia da República, empresas públicas, semi-públicas e similares, mas que, tantas e tantas vezes, parecem mais prostíbulos.
Quando, já para não falar do deputado que rouba gravadores aos jornalistas, se vê que o léxico político-parasitário do reino soma o “pensamento vazio” e a “agenda escondida” a outras pérolas suínas já emblemáticas, como são os casos de “espionagem política”, “sujeira”, “coscuvilhice” e “política de fechadura”, conclui-se que é altura de candidatar os azeiteiros “made in Portugal” a um qualquer prémio do anedotário azeiteiro mundial.
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