A Igreja Católica
diz que está preocupada com a
pacificação de Cabinda, mas, não pretende assumir um protagonismo na
facilitação do diálogo entre os separatistas da FLEC e o governo angolano.
O bispo da
diocese de Cabinda desdramatizou igualmente a actual crise reinante na Igreja Católica
de Cabinda desde a sua nomeação como bispo diocesano.
Filomeno
Viera Dias considera que a Igreja de Cabinda não está dividida, embora – a muito
custo, é certo – reconheça a existência de um grupo de fiéis afastados de uma
comunhão plena com o bispo e com o papa e que, por isso, vivem à margem das
paróquias e da eucaristia.
De facto,
seis anos após a sua nomeação o bispo da colónia angolana de Cabinda, continua
a ser rejeitado por um grupo de cristãos. Filomeno Vieira Dias considerou que
se trata de um falso problema porque "as decisões do papa são
soberanas". São as o papa tal como são as dos donos do regime angolano, ou
seja, o MPLA.
Apesar do
esforço que supostamente foi feito para a reconciliação dos fiéis, a crise agudizou-se
com a expulsão de três grandes figuras do clero da colónia. O afastamento do
antigo vigário-geral da diocese, Raul Tati, e dos padres Jorge Casimiro Congo e
Alexandre Pambo mostrou – entre outras coisas – que o rei (da Igreja Católica
em Cabinda) vai nu e que está submisso ao regime colonial do MPLA.
Questionado,
segundo relata a VOA, sobre a dimensão política e social do congresso
eucarístico da diocese que se vai realizar no próximo mês, Filomeno Vieira Dias
disse estar preocupado com a pacificação de Cabinda.
A
preocupação só acabará, julgo eu, quando o regime angolano conseguir calar de
uma vez por todas com todos aqueles que na colónia de Cabinda pensam de manira
diferente. Creio, contudo, que isso é uma missão impossível. Os cabindas só
aceitam estar de joelhos perante Deus. Perante os homens, por muito poderosos
que sejam, estarão sempre de pé.
É verdade
que José Eduardo dos Santos quer pôr os cabindas de joelhos. Ao saber que eles
só aceitam ficar nessa posição perante Deus, pediu a ajuda de Filomeno Vieira
Dias para se tornar deus.
O pedido, já
corroborado pelo MPLA, foi enviado para o Vaticano, acompanhado de uma certidão
divina escrita em… dólares.
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