segunda-feira, novembro 05, 2007

Com o William Tonet quando e onde for preciso

No dia 3 de Janeiro, sob o título «O exemplo de William Tonet – Herói do Jornalismo angolano», escrevi o texto que a seguir volto a publicar. Faço-o, em consciência, porque a amizade não se define, pratica-se. Infelizmente, são muitos os que dão mais valor a quem nos estende a mão quando tropeçamos numa pedra e caímos, do que aos que tiram a pedra do caminho antes de passarmos e que, muitas vezes, nem sabemos quem são. Infelizmente são muitos os que descobrem inimigos onde os não há, fabricando bodes expiatórios. Digamos que é a vida.

Perguntei hoje à minha sombra (velha companheira dos dias sem pão e dos pães sem dias) se concordava em que eu escrevesse algo a dizer que o Jornalista angolano William Tonet é um herói do verdadeiro Jornalismo em Angola. A resposta foi lapidar: “Sem dúvida” (mal fora se ela dissesse o contrário). E se estamos de acordo, é mesmo sobre isso que vou escrever.Uma rápida consulta ao dicionário permite-me dizer que herói é "um homem extraordinário pelas suas qualidade guerreiras, triunfos, valor ou magnanimidade".

Enquadra-se, digo eu. O Tonet há muito que mostrou ter qualidades guerreiras. Se assim não fosse não teria sobrevivido à “selva” onde exerce a sua profissão. Triunfos? Sim, teve muitos, destacando-se desde logo o facto manter um jornal independente e uma coluna vertebral erecta.

Magnanimidade? Também. Mas esta é uma explicação que, no meu caso pessoal, reservo para mais tarde. Isto significa boas novidades (espero) muito em breve.

Herói também é “o protagonista ou personagem principal de uma obra literária”. Não é, por enquanto, o caso. Sê-lo-á certamente um dias destes. Hoje é apenas o protagonista deste meu humilde texto.

Acredita, meu caro Tonet, que essa tua tenaz luta para dar voz aos que a não têm é um acto de heroicidade, por muito que isso custe a alguns supostos heróis... de pés de barro.

Como também és daqueles que nunca serão derrotados porque nunca deixarás de lutar, mereces este reconhecimento (se bem que pouco útil te seja!).

Continuemos, por isso, a fomentar a criação de pulgas...

Nota final: A Manchete do NL («Autores lusófonos queixam-se contra piratas da informação») irou o William Tonet, tal como irou outros quando o mesmo NL o elogiou. E irou-o de tal maneira que ele descobriu inimigos em todas as esquinas, a começar por mim. No entanto, como lhe disse, ele pode deixar de ser meu amigo. Não pode, contudo, impedir que eu seja seu amigo. É tão simples quanto isso.

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