domingo, agosto 19, 2007

Recordando um ensinamento de há 35 anos

Foi por estes dias que, há 35 anos, me ensinaram que se os jornalistas não vivem para servir aqueles que não têm voz, não servem para viver. Como continuo a pensar que isso é verdade (cada vez mais verdade, tal é o crescente número dos que continuam sem voz), é caso para dizer que o que nasce direito… tarde ou nunca se entorta (também pode ser ao contrário). Hoje, digo eu, os media estão cada vez mais superlotados de gente que apenas vive para se servir, utilizando para isso todos os estratagemas possíveis: jornalista assessor, assessor jornalista, jornalista cidadão, cidadão jornalista, jornalista político, político jornalista, jornalista sindicalista, sindicalista jornalista, jornalista lacaio, lacaio jornalista e por aí fora.

2 comentários:

ELCAlmeida disse...

... e quem está neura sou eu... que sou benfiquista, que viu dois pontos irem pelo mar adentro, e tu portista, que mostraram porque o outro se chama "papa" na cidade dos arcebispos...
Felizmente que vai havendo cidadãos-jornalistas e jornalistas-cidadãos, porque...
Kandandu
EA

Carla Teixeira disse...

"Mais vale ser dono de uma moeda do que escravo de duas". Pena é que uma moeda não seja suficiente para fazer com que tantos de nós amem a profissão que escolheram, se ela não trouxer dividendos rápidos e de grande monta. Como alguém me disse um dia, "todos têm um preço; os honestos apenas são mais caros"...