Este blogue, iniciado há quase um ano e com 446 textos publicados, continua a ser só mais uma das facetas desta aventura de acreditar que as palavras voam mas que os escritos são eternos. Tão eternos quanto o engenho e a arte de quem entende que dizer o que pensa ser a verdade é uma das qualidades mais sagradas.
Verdade que, em muitos casos, tem sido mais um problema para a solução do que uma solução para o problema que continua a ser esta vontade férrea de, como nos bons velhos tempos, querer continuar a ser o que sou e não o que os outros, os donos da verdade, querem que eu seja.
Valeu a pena? Creio que sim. Valeu e continuará valer, por muito que isso custe aos que querem (e bem) que a minha liberdade termine onde começa a deles embora, diga-se sem meias palavras, não aceitem que a deles termine onde começa a minha.
Alto Hama (foto) é, tal como a vinha vida, uma pequena localidade situada numa encruzilhada da minha amada Angola. É, igualmente, o nome da secção que assino (por especial, e também eterna, amizade do António Ribeiro) no Notícias Lusófonas. Além disso é o nome de um meu livro (censurado pelos tais donos da verdade) que foi apresentado no dia 23 de Setembro do ano passado na Casa de Angola de Lisboa graças à ajuda do Mestre Eugénio Costa Almeida.
Além de tudo, importa dizê-lo, é um desafio para quem faz da escrita uma forma de vida. Tarefa impossível? Não. Mas mesmo que o fosse eu estaria na primeira linha. É que o possível faço eu todos os dias.
Obrigado a todos, mesmo aos que por aqui vão passando para, pelas costas, me apunhalarem. Devem, aliás, estranhar que com tantas punhaladas eu ainda por cá ande. E ando porque, entre outras razões, o Mais Velho me ensinou – em 1975, a poucos quilómetros do Alto Hama - que só é derrotado quem desiste de lutar.
Verdade que, em muitos casos, tem sido mais um problema para a solução do que uma solução para o problema que continua a ser esta vontade férrea de, como nos bons velhos tempos, querer continuar a ser o que sou e não o que os outros, os donos da verdade, querem que eu seja.
Valeu a pena? Creio que sim. Valeu e continuará valer, por muito que isso custe aos que querem (e bem) que a minha liberdade termine onde começa a deles embora, diga-se sem meias palavras, não aceitem que a deles termine onde começa a minha.
Alto Hama (foto) é, tal como a vinha vida, uma pequena localidade situada numa encruzilhada da minha amada Angola. É, igualmente, o nome da secção que assino (por especial, e também eterna, amizade do António Ribeiro) no Notícias Lusófonas. Além disso é o nome de um meu livro (censurado pelos tais donos da verdade) que foi apresentado no dia 23 de Setembro do ano passado na Casa de Angola de Lisboa graças à ajuda do Mestre Eugénio Costa Almeida.
Além de tudo, importa dizê-lo, é um desafio para quem faz da escrita uma forma de vida. Tarefa impossível? Não. Mas mesmo que o fosse eu estaria na primeira linha. É que o possível faço eu todos os dias.
Obrigado a todos, mesmo aos que por aqui vão passando para, pelas costas, me apunhalarem. Devem, aliás, estranhar que com tantas punhaladas eu ainda por cá ande. E ando porque, entre outras razões, o Mais Velho me ensinou – em 1975, a poucos quilómetros do Alto Hama - que só é derrotado quem desiste de lutar.
7 comentários:
É o primeiro de muitos. Será mal sinal porque quer dizer que a nossa terra e os motivos por que aqui estamos ainda se mantém.
Esperemos que não e dentro em breve possamos dizer: a partir de hoje o blogue é só para fait divers de quem nada teria para fazer. Seria uma utopia tão boa e que não quero nunca perder de vista.
Um grande e fraterno Kandandu
Eugénio Almeida
Olá Orlando
Não venhor dar nenhuma mukanda, muito menos parabéns. Xi patrício, Vocelência faz o que faz - e ninguém tem nada com isso. Fez tudo o que fez - e ninguém tem nada com isso. Fará tudo que fará -e ninguém tem nada com isso. Pode gostar-se de - ou não. Eu gosto. Estou com este caro Amigo, dono do blogue.
Desânimo é palavra riscada de alguns vocabulários. Do do Orlando. Correndo o risco de me pôr em bicos dos pés (dificilissississimo, contando eu a módica quantia de 121,9 quilitos), também o aboli (sem decreto) do meu. Vocabulário, é claro. Estou com este caro Amigo, dono do blogue.
Traições sempre houve, há e haverá. Neste Mundo de merda, nem vale a pena a «lamentação». Você estás a dizer o quê? Então, não é lamento, aka? Também não gosto. Não ponho na beirinha do prato; odeio-as. E tantas tenho sofrido, quiçá para compensar as que nunca fiz... Estou com este caro Amigo, dono do blogue.
Entro, finalmente, nos... finalmentes. Tem piada, singular coincidência. Também sempre ganhei a vida, incluindo em Luanda & circunvalações, a escrever. É sina, mano, é sina. De que não consigo livrar-me, mesmo depois de reformado. Mas, também não quero fazê-lo. E continuo sem vender a minha pena, agora o meu teclado. Estou com este caro Orlando, dono deste blogue.
Homem, nunca lhe doam as mãos. Aqui, no Alto Hama, na Patagónia, em Sidney ou em Monsanto, que em tempos salazarentos foi considerada e proclamada a aldeia mais portuguesa de Portugal. Siga em frente, Amigo.
ET: Já agora, nuns minutinhos, vá ao www.travessadoferreira.blogspot.com e poste lá uns cumentários, com o, 'tralmente.
Que as lamentações nunca tomem o lugar dos sonhos. Mas que os sonhos não façam perder de vista a realidade.
Parabéns!
Caro Irmão
Desde os tempos nais distantes, desde as anharas, os capinzais, a cave do liceu, as tardes em minha casa ou em casa tua que estou contigo.
Estamos juntos Irmão, estaremos Juntos e hoje tu amanhâ eu precisamos desta amizade.
Nos momentos mais críticos precisamos de lucidez e por vezes de parar para pensar. Parar em sentido figurado, parar a olhar para dentro, parar continuando a escrever,mas pensando.
Talvêz por isso só possa subscrever na íntegra as palavras da tua filha.
No Bissapa transcrevi um texto do Neimar de Barros - Não Tenho Tempo - e tu deixaste uma Mukanda.
A Liliana deixou-te outra...
Kandus
Estou contigo
Por vezes não somos nós que escolhemos o caminho, é ele que nos escolhe a nós. Quantas vezes ao decidirmos sobre o caminho que queremos seguir, descobrimos que não temos opção, porque a escolha é entre sermos nós, inteiros, de bem com a nossa consciência ou vendermos a alma por um prato de lentilhas (ou de lagosta....
Pessoas como Orlando de Castro não escolhem o caminho, porque são assim - integros e verdadeiros.
Meu amigo, que não conheço pessoalmente, espero que continues assim... porque esse é o único caminho.
Espero que me perdoes dedicar-te parte de um poema que escrevi alguns anos atrás para uma grande amiga, e que acho que também mereces.
"Sei...
Sei,
que o sorriso
não segue
a tua alma,
que o brilho
desses olhos
nada tem de alegria.
Sei,
que perdeste
sonhos
e amores,
pátrias
e senhores.
Sei,
que a vida,
por vezes
tão amarga,
se lembra
pouco de ti.
Mas sei também
que vale a pena
esperar.
Sei,
que quando te levantas
engoles a dor,
esqueces a tristeza
e partes para os teus combates
decidida a ganhar.
O teu sorriso
é de raiva,
o brilho dos teus olhos
é poder.
Não sucumbes
com as pátrias,
não sucumbes
com os amores,
não sucumbes
com os senhores.
... Porque
os sonhos
não se vivem,
são de construir.
1994.05.28"
Um abraço Orlando
Uabalumuka
Na encruzilhada da vida, apesar dos algozes travestidos em paladinos democratas, a verdade impera.
E aprecio homens de tempera que não se vergam aos acenos dos supostos donos da verdade. E tal como me tem ensino ( mesmo a distância)não se deve confundir a estrada da beira, com a beira da estrada. Parabens pelo seu blog que é uma referencia para mim aqui em Luanda. Para mim é um blogista de primeira hora, tanto pelo rigor da escrita, pela " chipala" que mostra e acima de tudo pela coragem como assume a sua convicção e os seus pensamentos, até os mais polemicos.
Manuel Vieira
www.serradachela.blogspot.com
Caro amigo,
Esta foto (tenho uma quase igual, irei publicar um dia destes, com texto adequado) é no "Bailundo" certo?, nome que lhe chamam actualmente.
Esclareça-me por favor sobre o nome original deste lugar.
Tinha um idéia de que o Alto hama é perto daquele penedo (com esse nome) na estrada que segue para Santa Comba (Cela, Wako Kungo). Ali´há um conjunto de meia dúzia de casas em umas instalaçoes de águas termais, ou simplesmente uma nascente (estive junto a um tanque de áqua e a uma rocha de onde a água saía, embora nao bebesse, preferi apostar sempre na engarrafada "agua do keve")que deve ser engarrafada por essas bandas, segurtamente.
Pensei que o Alto Hma era essa povoação e não o Bailundo (embora reconheço que certamente Bailundo seja já baptismo pós-independencia)
Por favor, esclareça-me do assunto (revelando para já a minha ignorancia e supostamente estimulando o seu riso). Agradeço comentário lá no szerinting, que por minha culpa, pouco ando por fora dele, e raramente vejo e-mails.
Bem haja
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