O primeiro-ministro indigitado da Guiné-Bissau, Martinho N'Dafa Cabi, disse hoje que as principais prioridades do seu Governo vão ser o combate à corrupção e ao narcotráfico para voltar a dar credibilidade ao executivo do país. Gostei de ver que o primeiro-ministro reconhece agora o que o meu amigo Fernando Casimiro, Didinho, tem afirmado há muito tempo no Notícias Lusófonas.
"Estamos no limiar daquilo que é um Estado normal. Portanto, se queremos conquistar a credibilidade de Estado temos de lutar sem tréguas contra a corrupção e isso vai ser uma das nossas maiores tarefas", afirmou Martinho N'Dafa Cabi.
"Estamos no limiar daquilo que é um Estado normal. Portanto, se queremos conquistar a credibilidade de Estado temos de lutar sem tréguas contra a corrupção e isso vai ser uma das nossas maiores tarefas", afirmou Martinho N'Dafa Cabi.
É verdade. Agora como há muito afirma o Didinho (na foto), mau grado serem verdades incómodas que, contudo, podem ser uma solução para o problema guineense e não, como tem defendido Nino Vieira, um problema para a solução.
"Na Guiné-Bissau nunca ninguém foi preso por delitos económicos, mas isso vai mudar", disse o primeiro-ministro indigitado, salientando saber que vai ter muitas "barreiras" pela frente.
Tem, sim senhor, muitas barreiras. E ao dizer o que disse mostrou coragem que, contudo, lhe pode sair cara. Duvido que Nino goste desta tão precisa radiografia.Segundo N'Dafa Cabi, nomeado por decreto presidencial na segunda-feira e que toma posse na próxima sexta, outro dos objectivos do novo Governo será o combate ao narcotráfico na Guiné-Bissau, referida como "placa giratória" do circuito da droga proveniente da América do Sul com destino à Europa.
Pois. Com uma precisão e fundamentação inquestionável, o Didinho teve, como continuará a ter, razão antes do tempo. Mas, como agora se comprova, a força da razão é sempre mais forte do que razão da força."
Tem, sim senhor, muitas barreiras. E ao dizer o que disse mostrou coragem que, contudo, lhe pode sair cara. Duvido que Nino goste desta tão precisa radiografia.Segundo N'Dafa Cabi, nomeado por decreto presidencial na segunda-feira e que toma posse na próxima sexta, outro dos objectivos do novo Governo será o combate ao narcotráfico na Guiné-Bissau, referida como "placa giratória" do circuito da droga proveniente da América do Sul com destino à Europa.
Pois. Com uma precisão e fundamentação inquestionável, o Didinho teve, como continuará a ter, razão antes do tempo. Mas, como agora se comprova, a força da razão é sempre mais forte do que razão da força."
Actualmente, o nosso Estado só funciona em Bissau. No resto do país não há nada. É uma zona frágil, por isso é que entra aqui droga", disse Martinho N'Dafa Cabi, acrescentando que "se fizermos funcionar o Estado em todos os lados da Guiné-Bissau passamos a controlar vários aspectos, fundamentalmente a questão do narcotráfico, que é extremamente perigosa para o nosso país".
Todos, esperamos para ver. Não é meu caro Didinho?
Todos, esperamos para ver. Não é meu caro Didinho?
2 comentários:
Caro Orlando,
Obrigado pela coerência do raciocínio no paralelismo da luta assumida pelo novo Primeiro Ministro da Guiné-Bissau e das análises que temos vindo a produzir sobre a Guiné-Bissau.
Efectivamente, a coragem que este novo Primeiro Ministro demonstrou através das palavras hoje proferidas, é o sinal claro de uma reformulação total do que normalmente se designa por "SISTEMA".
A Coragem é um dos primeiros passos para a mudança!
Obrigado pela referência.
Vamos continuar a trabalhar!
De facto saúda-se a coragem verbal do indigitado primeiro-ministro. Mas será que os barões do narcotráfico e do "sistema" onde parecem residir altas patentes militares e ex-governantes estarão pelos ajustes?
Não iremos ver o país cair outra vez numa crise político-militar.
A coragem não chega se não tiver um forte e claro apoio, nomeadamente, da Comunidade Internacional.
O primeiro passo parece estar dado com a chegada rápida de membros da Interpol. Mas serão sufieientes estes passos?
Kandandu e feliciadades para Guiné-Bissau que bem precisa.
Eugénio Almeida
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