O prémio Nobel da Literatura (não sei como é que isso foi possível, mas que foi, foi) José Saramago prevê, numa entrevista publicada hoje no "Diário de Notícias", que Portugal vai acabar por tornar-se uma província de Espanha e integrar um país que se chamaria Ibéria para não ofender "os brios" dos portugueses. Se calhar tem razão.
O escritor, que reside há 14 anos na ilha espanhola de Lanzarote, considera que Portugal, "com dez milhões de habitantes", teria "tudo a ganhar em desenvolvimento" se houvesse uma "integração territorial, administrativa e estrutural" com Espanha.
Se for, na minha opinião, tão bom futurólogo como é escritor, podemos estar descansados. Continuaremos a ser os mais europeus do norte de África.
O escritor, que reside há 14 anos na ilha espanhola de Lanzarote, considera que Portugal, "com dez milhões de habitantes", teria "tudo a ganhar em desenvolvimento" se houvesse uma "integração territorial, administrativa e estrutural" com Espanha.
Se for, na minha opinião, tão bom futurólogo como é escritor, podemos estar descansados. Continuaremos a ser os mais europeus do norte de África.
Portugal tornar-se-ia assim, sugere o Nobel português, mais uma província de Espanha: "Já temos a Andaluzia, a Catalunha, o País Basco, a Galiza, Castilla La Mancha e tínhamos Portugal".
"Provavelmente [Espanha] teria de mudar de nome e passar a chamar-se Ibéria. Se Espanha ofende os nossos brios, era uma questão a negociar", disse o escritor, membro do Partido Comunista Português desde 1986.
Questionado sobre a possível reacção dos portugueses a esta proposta, Saramago disse acreditar que aceitariam a integração, desde que fosse explicada: "não é uma cedência nem acabar com um país, continuaria de outra maneira. (...) Não se deixaria de falar, de pensar e sentir em português".
Com o mérito (reconheça-se) de vender que se farta os seus livros, a que alguns chamam de literatura, Saramago é livre (mesmo pertencendo ao PC) de dizer o que bem entende. Aliás, entre um génio e um eunuco mental a quem foi dado um Nobel… todos sabemos a quem a Imprensa dá destaque.
Na visão do escritor, Portugal não passaria a ser governado por Espanha, passaria a haver representantes de ambos os países num mesmo parlamento e, tal como acontece com as autonomias espanholas, Portugal teria também o seu próprio parlamento.
Numa entrevista de quatro páginas ao DN, Saramago diz que em Agosto começa a escrever um novo livro (certamente mais uma obra de arte da literatura ibéria) e fala também da sua fundação, recentemente constituída, que deverá "intervir social e culturalmente, preocupar-se com o meio ambiente e outras questões", também na província espanhola de Portugal.
A Fundação José Saramago, que será presidida pela mulher do escritor, terá sede na capital provincial de Portugal (Lisboa) e prolongamentos em Lanzarote, na terra do escritor, Azinhaga, e na terra de Pilar, Castril.
Tudo, é claro, a bem da Ibéria saramaguiana.
1 comentário:
OLHE, ISSO NUNCA VAI ACONTECER LOGO LOGO SEBASTIÃO ESTARÁ VOLTANDO...
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