quinta-feira, julho 12, 2007

Imbecis e criminosos, criminosos e imbecis


Se o Jornalista não procura saber o que se passa no cerne dos problemas é, com certeza, um imbecil. Se o Jornalista consegue saber o que se passa mas, eventualmente, se cala é um criminoso. A tendência actual é para que sejamos todos imbecis e criminosos.

Será que actualmente a Comunicação Social portuguesa continua a ter credibilidade suficiente para que os leitores assumam como verdadeira qualquer coisa que nela seja divulgada?

Não. Não continua. O “produto” jornalístico deixou de ser uma referência de credibilidade e passou a ser uma correia de transmissão de interesses cada vez menos claros.

Quem analisar a Imprensa portuguesa encontra, na maioria dos casos, pouca informação, rara formação e quase nula investigação. Por outras palavras. A Imprensa (no seu mais lato sentido) deixou de ter a sua própria personalidade jornalística, travestindo-se no que os outros querem que ela seja.

Isto acontece ainda porque, dada a precariedade profissional, a grande maioria aceita fazer tudo o que o «chefe» manda (mesmo sabendo que este para contar até 12 tem de se descalçar), este aceita fazer tudo o que o director manda, este aceita fazer tudo o que a Administração manda, e esta aceita fazer tudo o que dê lucro.

3 comentários:

Zenix disse...

E de quem é a culpa? Há quantos anos começou a decadência? Lenta morte. Lenta transformação. Dolorosa.

altohama disse...

Resposta ao comentário de zenix:

A culpa é sobretudo nossa. Nossa dos que (ainda) são Jornalistas. De uma forma pública já eu tinha dito isto, exactamente isto, em Maio de 2001, em www.orlandopressroom.com

Zenix disse...

Só pode lamentar, já em 2000... de 2000 a meados de 2004. Devo ter nascido cedo demais ou "entrado" tarde demais... Não creio que consigamos ser tão conscientes assim... mas lamentar é fado a mais.