Todos os arguidos foram considerados culpados do crime de genocídio, detenção ilegal, homicídio e confiscação de propriedades. O juiz ainda não proferiu a sentença, mas todos os arguidos incorrem na pena de morte.
O ex-líder etíope foi julgado à revelia, dado que está exilado no Zimbabué desde 1991. O Presidente zimbabueano, Robert Mugabe, tem recusado os pedidos de extradição do ex-ditador.
Mengistu Mariam liderou a Etiópia de 1977 a 1991 e o julgamento diz respeito ao período entre 1977 e 1978, que ficou conhecido como "Terror Vermelho", em que os arguidos são acusados de fazer desaparecer ou executar cerca de 100.000 etíopes.
No total, estão a ser julgados 34 antigos elementos do regime de Mengistu Mariam, enquanto outros 27 estão a ser julgados à revelia.
As provas contra o ex-ditador, de 70 anos, incluíram ordens de execução assinadas, vídeos de sessões de tortura e testemunhos.
Mengistu estava entre o grupo de militares que derrubaram através de um golpe de Estado o último imperador da Etiópia, Haile Selassie, em 1974.
Os militares criaram um comité militar, conhecido com Dergue, tendo Mengistu assumido a liderança depois de matar um oficial que pretendia assinar a paz com a Eritreia, na altura a lutar pela independência.
Depois de declarar a Etiópia como uma República Popular Socialista, o ex-ditador tornou-se um aliado da União Soviética, que apoiou o seu regime na luta contra a invasão por parte da Somália.
A guerra com a Eritreia acabou por acontecer e em 1991 os rebeldes estavam já nos arredores da capital, Addis Abeba, quando Mengistu fugiu para o Zimbabué.
Sem comentários:
Enviar um comentário