O texto que se segue foi aqui publicado no dia 5 de Dezembro de 2006. Foi um texto sincero, mau grado alguns – e até o próprio – o terem entendido como crítico… embora elogiando. Igualmente sincera é hoje a sua repetição, sem alterar uma vírgula, no dia em que Manuel Pizarro foi escolhido para Secretário de Estado da Saúde. Finalmente, creio, o primeiro-ministro parece disposto a ser salvo pela crítica do que assassinado pelo elogio. O tempo dirá, mas arrisco a dizer que os portugueses ficaram a ganhar, a ganhar muito, com a escolha do Pizarro. Uma excelente escolha.
Embora não tenha sido com o meu voto que o Partido Socialista de José Sócrates conseguiu a maioria absoluta, devo reconhecer (fica sempre bem!) que o PS está a fazer obra no Governo, sendo para isso fundamental a qualidade da equipa que escolheu. Seja no Executivo ou no Parlamento. Admiro tanta capacidade profissional e tanta dedicação à causa (que me parece mais partidária do que pública).
Embora não tenha sido com o meu voto que o Partido Socialista de José Sócrates conseguiu a maioria absoluta, devo reconhecer (fica sempre bem!) que o PS está a fazer obra no Governo, sendo para isso fundamental a qualidade da equipa que escolheu. Seja no Executivo ou no Parlamento. Admiro tanta capacidade profissional e tanta dedicação à causa (que me parece mais partidária do que pública).
Tenho um (é pouco, mas já não é mau) amigo no PS que é um exemplo dessa dedicação e desse altruísmo que leva alguns socialistas a pôr na prática o lema de que quem não vive para servir não serve para viver.
Esse meu amigo (que até tem tempo para me sugerir que a vida para mim seria melhor se deixasse de dizer o que penso) é médico, deputado, vereador de uma câmara municipal e integra a administração de dois organismos geridos pelo Estado.
E tudo isto (não diz ele mas digo eu) à custa de muitos sacrifícios pessoais, familiares e até financeiros. Não é qualquer um que tem uma tão nobre noção da causa pública, a ponto de – repare-se – trabalhar em tantas coisas ao mesmo tempo. E trabalhar bem. É verdade que ele não ficou assim quando foi para o PS, é assim desde nascença.
Que me perdoem os dois leitores que tenho aqui no Alto Hama e que, supostamente, esperariam um ataque ao PS. Não estou convertido mas tenho de reconhecer e enaltecer este paradigmático caso.
Veja-se. Esse meu amigo é um excelente deputado (se o não fosse, Sócrates não o queria); um bom vereador (se bem que numa barricada que não é a minha) e não menos exímio membro de dois conselhos de administração de dois organismos geridos pelo Estado.
Como se não fosse suficiente, ainda arranja tempo para ajudar os amigos em qualquer outro assunto e, tantas e tantas vezes, para dar consultas de borla aos mais necessitados. É obra.
É pena ser socialista. Mas não há ninguém perfeito, pois não meu caro Manuel Pizarro?