sábado, fevereiro 16, 2008

Matan Ruak foi à caça mas sem licença

O brigadeiro-general Taur Matan Ruak, chefe do Estado-Maior-general das Forças Armadas timorenses, tenta agora e com alguma dose de ridículo assumir protagonismo. Razões? O tempo o dirá. Fica, para já, a certeza de que Timor-Leste está na fase de tudo a monte e salve-se quem puder.

Ruak pôs os eus homens a dar corpo à Operação Limpeza para caçar os autores dos ataques a Ramos Horta e a Xanana Gusmão. "Foi a primeira vez que o Estado timorense autorizou uma operação autónoma das F-FDTL", explicou orgulhoso o brigadeiro-general Ruak.

Segundo Taur Matan Ruak, as F-FDTL lançaram a operação de busca na área de Meti-hau e Becora mas não conseguiram capturar ninguém. E, como se estivéssemos num país de faz de conta (e se calhar estamos), acrescenta que a operação não resultou porque as suas forças não tinham mandados de busca que permitissem aos militares entrar dentro das casas.

Então o que é que andavam a fazer? Estavam à espera de encontrar Gastão Salsinha a tomar uma cerveja numa esquina e a fazer sinal do tipo “estou aqui”?


"Vamos pedir mandados para entrar dentro e em redor das casas", afirmou hoje o brigadeiro-general Ruak numa conferência de imprensa realizada na Base Naval de Hera, a leste de Díli.

Digam lá que não tem piada? Ruak idealiza uma operação, dá-lhe um nome, põe os operacionais no terreno, avança e só depois, dias depois, é que se lembra que são precisos mandados…


"Alguma coisa não está bem", acrescentou o brigadeiro-general Ruak sobre o apoio da população ao grupo que é agora chefiado pelo líder dos peticionários das Forças Armadas, o ex-tenente Gastão Salsinha.

Não será que as forças internacionais, comandadas, dirigidas, enquadradas, hierarquizadas, subordinadas aos australianos deveriam procurar saber a razão do apoio a Salsinha, tal como tinha Alfredo Reinado?

Novos episódios estão já a ser escritos pela potência colonial (a Austrália), tendo como actores principais os timorenses, por enquanto.

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