A nomeação de Vítor Constâncio para vice-presidente do Banco Central Europeu já terá sido assegurada por Berlim, segundo a imprensa alemã de hoje, que avança que a nomeação deixará o caminho livre para Alex Weber aceder à presidência em 2011.
Afinal os críticos do actual governador do Banco de Portugal não tinham razão. Ou será que, mais uma vez, o “crime” compensa? Seja como for, será difícil fazer pior do que aquilo que Constâncio fez nas ocidentais praias lusitanas.
De acordo com o jornal Wirtschaftswoche, que cita fontes próximas dos bancos centrais, para a reunião informal da União Europeia que decorre quinta-feira, a chanceler alemã Angela Merkel já terá reunido um "largo consenso" a favor da nomeação do português Vítor Constâncio.
Provavelmente com a chegada de Constâncio, o Banco Central Europeu entrará numa nova fase, desde logo porque como diz o governador do Banco de Portugal, a supervisão ao sistema financeiro actua com métodos e padrões próprios e usados internacionalmente e não é uma espécie de KGB e FBI juntos.
Actualmente não e sabe o que é o Banco de Portugal... a não ser que não é uma espécie de KGB e FBI juntos. Já não é mau...
Quando no dia 27 de Maio de 2009 acusou um deputado do Bloco de Esquerda de “equívoco ou ignorância fundamental” sobre o que é a supervisão e o que foi a intervenção do Banco de Portugal no Banco Português de Negócios, Vítor Constâncio disse que a natureza de algumas perguntas formuladas são “com presunções de os supervisores serem uma espécie de KGB e FBI juntos”.
“O supervisor não é um super polícia” com acesso a tudo, disse o governador do Banco de Portugal, mas sim uma entidade que actua segundo métodos e padrões reconhecidos. E, acrescento eu, com a eficácia que se conhece.
Ok. Então, em vez de supervisor (visão superior à normal), o Banco de Portugal deveria reconhecer que não passa de um simples visor ou, neste caso, um grande retrovisor. E terá sido por isso que Constâncio está a fazer as malas para o Banco Central Europeu?
“Não pode ser cometido o erro, para não dizer outra coisa, de se avaliar a actuação por critérios e objectivos que sejam diferentes das práticas internacionais”, indignou-se Vítor Constâncio, recordando que uma análise recente do Fundo Monetário Internacional mostrou que as práticas do regulador português estão no grupo das melhores.
Pudera! Com um governador assim... só podia.
É verdade. O melhor médico que conheci (e assim foi considerado por muitos) foi um que sempre tratou da saúde aos que estavavam de boa saúde. Quando alguém estava doente, mandava-o para o hospital.
Constâncio deixou na altura ainda uma interrogação sobre o papel dos revisores oficiais de contas e auditores, dizendo que as situações detectadas no BPN, ainda antes desta situação que levou à nacionalização, “foram todas identificadas pelo Banco de Portugal e não pelos auditores”.
Ou seja. A culpa é dos outros e não é tão grande porque, embora não sendo uma espécie de KGB e FBI juntos, muito menos PIDE ou DGS, o Banco de Portugal conseguiu fazer o papel dos outros. Se calhar esqueceu-se do seu, e como não tinha ponto...
Constâncio disse que já esteve a responder “até às três da manhã a perguntas dos deputados na comissão parlamentar”, em Novembro de 2008, e que pelos vistos vai ser igual na próxima semana, embora já tenha “enviado à comissão” os relatórios e documentos que dão conta das várias actuações que o Banco de Portuhgal, enquanto supervisor, teve junto do BPN.
De facto, não é justo levar o governador do Banco de Portugal a fazer um esforço tão grande. Ainda se ele fosse o governador do KGB e do FBI juntos...
1 comentário:
oi esto aqui para dizer que eu só um dos leitores numero 1 do seu blog.
to a saber muitas coisas que eu não sabia.
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