O meu amigo Uabalumuka comentou o meu texto «Em memória do meu Presidente» falando do que eu não escrevi, também sobre o presidente dele. Afinal o mesmo que o meu: Jonas Malheiro Savimbi. É um texto que merece, e de que maneira!, saltar dos comentários para ter expressão frontal. Ei-lo:
Hoje, por ser hoje, permite-me que escreva as palavras que não escreveste. Não vou falar do luto que o Povo da UNITA sentiu e sente ainda. Não vou falar das traições que levaram o teu e meu Presidente a morrer de arma na mão e a ser exibido como troféu de caça pelos carrascos ao serviço da cleptocracia angolana. Não vou falar do seu génio, das suas virtudes e dos seus pecados. Não vou falar dos trinta e seis anos de luta pela liberdade NO INTERIOR DE ANGOLA.
Hoje, por ser hoje, permite-me que escreva as palavras que não escreveste. Não vou falar do luto que o Povo da UNITA sentiu e sente ainda. Não vou falar das traições que levaram o teu e meu Presidente a morrer de arma na mão e a ser exibido como troféu de caça pelos carrascos ao serviço da cleptocracia angolana. Não vou falar do seu génio, das suas virtudes e dos seus pecados. Não vou falar dos trinta e seis anos de luta pela liberdade NO INTERIOR DE ANGOLA.
Hoje quero falar-te da Esperança. Da Esperança do meu Povo de um dia poder chorar os seus mortos. Da Esperança do meu Povo em ver pão à sua mesa. Da Esperança do meu Povo em ver a Liberdade e a Democracia nas suas vidas. Quero falar da renovação dessa Esperança quando todos os anos recordamos a morte do Mais Velho.
Quero falar-te do que se diz em Luanda, em Angola, quando se fala do Dr. Jonas Savimbi... e fala-se de Esperança. Esperança que todos os ideais da sua luta aconteçam enfim.
E apesar do desespero do Governo, tentando que todos esqueçam a morte do Mais Velho, ele é, permanece, ergue-se como um mártir, como um herói na vida sofrida dos Angolanos.
Portanto pouco a pouco, este dia de luto, transforma-se no dia da memória e da Esperança.
Como diria o poeta:
Um diateremos tempo
Para choraros nossos mortos.
Porque agorao tempo é outro,
um tempocurto demais
para tantas coisas fazer.
Temos masmorras
para abrir,
crianças para salvar,
cidades a construir
tantos campos p'ra lavrar.
E temos de mostrar
ao mundo,
que a besta
mudou de nome,
mas continua a matar.
mas continua a matar.
Um abraço, também para ti, meu velho.
2 comentários:
Meu caro Orlando Castro
Não posso nem quero, caso autorize, deixar de subscrever estas profundas palavras de Uabalumuka.
Como também não há muito tempo o meu amigo escreveu que o Governo deixe o Mais Velho ser supultado na sua terra natal.
Para que a Esperança possa, enfim, ser libertada e o país crescer como deve ser!!!!
Kandandu
EA
Meu caro mais velho, por tudo o que passámos e passamos ainda... juntos. Porque a memória não se apaga e porque Angola tem direito à esperança, acendo uma vela... talvêz na Muxima, para que os exemplos dos mais velhos tenham chama para iluminar a noite.
Kandus
Fino
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