sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Não brinque com o Povo, sr. presidente de Angola

O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, continua gozar com povo angolano, passando-lhe um atestado de debilidade mental. Hoje, em Luanda, disse que o MPLA, partido no poder em Angola desde a independência do país, em 1975, está contra "qualquer forma de ditadura".

"O MPLA é contra qualquer forma de ditadura, porque defende a democracia", referiu o Chefe de Estado e líder do principal partido de Angola.

Deve ser por isso que, sem eleições, José Eduardo dos Santos é um dos mais antigos ditadores (perdão, democrata) em funções no mundo.

Discursando na abertura da sétima reunião ordinária do comité central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no Futungo de Belas, arredores de Luanda, José Eduardo dos Santos rejeitou a ideia de que existam nos textos do partido ou na Constituição angolana quaisquer princípios totalitários.

"Não há nos documentos fundamentais do nosso partido, nem na Lei Constitucional da República de Angola nenhuma orientação ou princípio que consagre o poder totalitário de uma classe social através da ditadura do proletariado", salientou.

O Presidente angolano aproveitou a ocasião para condenar abertamente algumas teses alegadamente postas a circular por elementos do MPLA na defesa da "ditadura do proletariado".

"Têm circulado alguns textos ultimamente, onde essa ditadura é considerada como sendo necessária para o desenvolvimento de Angola e onde também são apresentados conceitos e ideias abandonados por quase todos os partidos de esquerda ", disse o líder do MPLA.

José Eduardo dos Santos disse que os referidos textos são elaborados por "tendências entre aspas" que não se manifestam abertamente e que não pertencem ao MPLA.

"As correntes de opinião no seio do MPLA são promovidas na base dos princípios e objectivos estabelecidos nos seus estatutos e programa", frisou o Presidente.

Nesse sentido, José Eduardo dos Santos instou os comités do partido a "desmascarar as ideias e atitudes oportunistas" das pessoas que se escondem por detrás destes textos.

Para o líder do partido no poder desde a independência, em 1975, estas acções são fomentadas por pessoas que se querem infiltrar no MPLA para, a partir de dentro, desorientar as organizações de base e enfraquecer o partido na véspera das eleições legislativas.

1 comentário:

ELCAlmeida disse...

Meu caro, tal como mostrei que Samakuva não chamou salazarista a Eduardo dos Santos, também tenho de alertá-lo que Eduardo dos Santos não diz que não haja ditadura ou que ele ou o MPLA sejam ditadores.
O que o prsidente diz é que não há nada nem nos textos do MPLA nem nos da Constituição que levem as pessoas a dizer que haja caminhos para a ditadura - e logo do proletariado, aquele que é defendido pela China.
Agora, uma coisa é o que se diz, outra é o que se pratica...
kandandu
EA