A província do Baixo Congo começou hoje a voltar à normalidade depois dos confrontos registados até quinta-feira à noite, que provocaram 91 mortos, segundo fontes locais citadas por estações de rádio.
Os confrontos envolveram militantes de um partido político derrotado nas últimas eleições locais e forças policiais do Baixo Congo, no extremo ocidental da República Democrática do Congo (RDCongo, ex-Zaire).
Segundo noticiou hoje a Rádio Okapi, que depende da missão da ONU na RDCongo, além dos 91 mortos, os confrontos provocaram também 16 feridos com gravidade. Estes dados não foram ainda confirmados por fonte oficial.
A Rádio Okapi disse que os confrontos mais graves foram registados na cidade de Moanda e deles resultaram 36 mortos, incluindo 29 militantes do grupo político religioso Bundi Dia Kongo (BDK).
Na cidade de Boma, os incidentes causaram 26 vítimas mortais, duas das quais agentes de segurança.
Na capital da província, em Matadi, registaram-se 16 mortos, segundo fontes hospitalares, 15 partidários do BDK e um polícia.
Finalmente, na cidade de Sondololo foram mortas 14 pessoas que tinham feito uma barricada para se oporem às forças de segurança, noticiou a Rádio Okapi.
O BDK foi derrotado nas eleições do governador da província que se disputaram no sábado passado (27 de Janeiro), mas não aceitou os resultados e convocou manifestações para exigir a anulação da votação.
A RDCongo encontra-se ainda num processo de transição iniciado em finais de 2002, quando terminou um conflito de seis anos, que fez quatro milhões de mortos, não só nos confrontos, mas também em consequência da vaga de fome e doenças resultantes da guerra.
Ponto alto deste processo de transição foi a eleição a 29 de Outubro, de Joseph Kabila como Presidente da RDCongo, cargo que tinha assumido a 26 de Janeiro de 2001, depois do assassínio do pai, Laurent Kabila, que tinha assumido a chefia do Estado depois do derrube de Mobutu Sese Seko, em meados de Maio de 1997.
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