O Notícias Lusófonas mostrou, mais uma vez, as vantagens de se ser jornalista 24 horas por dia. Pela “pena” de Jorge Eurico foi o primeiro, ontem, e com muitas horas de antecedência a dar a notícia (manchete) sobre a detenção em Cabinda da activista Sarah Wikes, da Global Witness.
Por alguma razão uma das máximas do NL é “leia hoje aqui o que encontrará, talvez, amanhã noutro jornal”. Assim foi, na maioria dos casos. Hoje alguns deram a notícia, outros vão dá-la amanhã e outros ainda esperam ordens do MPLA.
“Já o dissemos, mas não é demais repetir que o Governo angolano continua a provar que não deixa os seus créditos por mãos alheias quando os assuntos são desrespeitar os Direitos Humanos e - tal como João Melo, deputado à Assembleia Nacional pelo MPLA, o confirmou num colóquio realizado recentemente em Luanda - vincar que em Angola, contrariamente ao que era suposto, possível e desejável, ainda não há espaço para determinadas Liberdades, sobretudo para a de Expressão e outras que fazem mossa aos antigos marxistas hoje convertidos em "novos cristãos" de uma pretensa democracia que os angolanos não conhecem nem nunca sentiram de facto”, escreveu Jorge Eurico.
Por este caso, entre tantos, tantos outros, se compreende a razão porque o Notícias Lusófonas é tão incómodo para os poderes instituídos, tenham ou não sustentabilidade democrática.
Também por este caso (entre muitos, muitos outros) se compreende a razão porque Jorge Eurico é considerado persona non grata nos meios ditatoriais de Luanda.
Desde sempre o NL, bem como – neste caso – Jorge Eurico, mostram que a Liberdade de informação é algo que é difícil de praticar quando os alvos são os detentores divinos das verdades absolutas.
Mesmo assim, contra (quase) todos e contra (quase) tudo, continuam a dar claros exemplos de como se faz Jornalismo numa sociedade de direito.
É claro que o Governo angolano, sobretudo a sua vertente ditatorial (MPLA), vai pôr mais uma cruz na história do NL e do Jorge Eurico. E já são tantas as que lá colocou que ambos não estranham.
A grande vantagem, tanto do NL como do Jorge Eurico, é que por cada cruz que o MPLA coloca, o povo angolano coloca dois ou mais “muito obrigado”.
Por isso, os poucos que têm milhões não conseguirão derrotar os milhões que têm pouco, ou nada. Estes estão, cada vez mais, ao lado do Notícias Lusófonas e do Jorge Eurico.
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