
Como em (quase) tudo na vida, existem pessoas que querem ser os primeiros entre os primeiros, e outras para quem ser o primeiro dos últimos é suficiente, que querem ser umas espécie do actual Sport Lisboa e Benfica (viver dos louros do passado e aceitar passivamente ser segundo, terceiro ou quarto). É assim também nas empresas e, é claro, nos partidos.
No PSD (Portugal) passa-se exactamente isso. O partido, bem ou mal, tem um líder eleito que deveria contar com o apoio dos seus pares para tentar derrotar o seu principal adversário, o PS. Deveria se, de facto, não estivesse cheio de iluminados que sabem tudo mas que raramente fazem alguma coisa.
No entanto, o presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, não pode concentrar as suas forças no adversário porque, dentro de casa, não faltam barões não eleitos a tentar fazer-lhe a cama. Há os que nascem para ser lagartixas e os que nascem para ser jacarés.
Houve eleições e esses barões não concorreram. São, dizem, os melhores mas temem subir ao povo. Apesar disso, acham-se no direito de questionar a liderança para assim prestarem um bom serviço ao Partido… Socialista. E até eles estão a dar razão a José Sócrates.
O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, anunciou ontem que vai solicitar na próxima semana ao Conselho Nacional do partido a convocação de eleições directas para 24 de Maio e disse que não está na corrida.
É claro que, na minha opinião, Menezes vai estar na corrida. Desde logo para mostrar aos iluminados que no seu partido trabalham para o PS que, nas urnas, vão ser humilhados.
Humilhação que, como certamente explicará António Capucho, se ficará a dever ao facto Luís Filipe Menezes ter “escancarado a porta do partido à desvergonha (…) numa tentativa de se perpetuar no poder”.
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