
Após o início da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, a mobilização foi imediata e intensificada em várias partes do mundo, com milhares de pessoas a concentrarem-se junto das embaixadas chinesas na Europa. Vá lá que, aproveitando o balanço, houve quem também se manifestasse contra a violação dos direitos humanos no Zimbabué, em Darfur e na Birmânia.
Tudo isto não impediu o êxito mundial dos Jogos Olímpicos. Todos querem estar em Pequim. Desporto é desporto, política é política, dirão os apologistas da velha tese de que com o mal dos outros é fácil de lidar. Aliás, enquanto se acusa a China ninguém se lembra de Guantánamo, enquanto se acusa Pequim, ninguém se lembra de Luanda.
A par disso, tal como no contexto da diplomacia económica com a qual se legitimou e até enalteceu o panegírico de José Sócrates ao governo de Eduardo dos Santos, é normal que no âmbito de diplomacia desportiva se diga que o governo chinês é tudo um grupo de bons rapazes.
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