sábado, abril 04, 2009

Entregues (mas bem) à bicharada

"O Governo não faz nem fez quaisquer pressões sobre magistrados, em relação a este ou a outros processos (Freeport )", defende o ministro da Justiça de Portugal.

Alberto Costa, assim como todo o governo de José Sócrates, tem razão. Nunca houve pressões, nem em relação aos magistrados nem a outros profissionais da democracia lusa, como por exemplo os jornalistas.

"O Governo não faz nem fez quaisquer pressões sobre magistrados, em relação a este ou a outros processos, nem directamente nem por interposta pessoa, sendo fantasiosas as afirmações em contrário", diz numa nota do Ministério da Justiça.

Sem confirmar ou desmentir um encontro com o procurador Lopes da Mota, Alberto Costa defende que "o único interlocutor do Ministro da Justiça e do Governo, no que respeita à actividade do Ministério Público, é o Senhor Procurador-Geral da República".

Como é fácil de ver, tudo não passa de mais uma faceta da campanha negra que as forças do mal (ou serão de bloqueio?) levam a cabo contra o mais lídimo defensor das liberdade democráticas, de seu nome José Sócrates.

Nunca vi qualquer tipo de pressão do Governo sobre, por exemplo, os jornalistas. Aliás, como muito bem diz Alberto Costa, no caso dos órgãos de comunicação social o interlocutor nunca é o jornalista.

Para alguma coisa existem administradores e directores. Para alguma coisa os administradores são unha com carne com o Governo, tal como os directores o são com os administradores.

Creio, aliás, que na fase seguinte nem os administradores nem os directores pressionam os jornalistas. Existem, isso sim, os critérios editoriais que fazem com que se escolha o que vai ou não ser publicado. Nada mais do que isso.

Os critérios editorias também permitem, e isso não pode ser confundido como pressão, escolher a dedo, com medida e por medida, quem são os jornalistas que vão escrever sobre determinados assuntos.

Também não será pressão, mas apenas racionalidade de meios, pôr nas prateleiras e ou na rua os jornalistas que têm a mania de pensar pela própria cabeça.

Estamos, portanto, todos bem entregues. Entregues à bicharada. Mas bem entregues.

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