Embora só no próximo dia 22 passe mais um aniversário da morte de Jonas Savimbi, o meu Presidente, escrevo hoje sobre Ele. Escrevo porque me apetece, porque sei que os meus inimigos terão calculado que o tempo me faria mudar de ideias, tantas foram, são e continuarão a ser as pressões pessoais, profissionais, económicas e outras para que eu vire a casaca. Desiludam-se. Há coisas que nunca mudam. E, além de tudo, o mais Velho, esteja onde estiver, merece.
Que melhor forma haverá para mostrar a quem estiver interessado que continuo o mesmo?
Que melhor forma haverá para mostrar a quem estiver interessado que continuo o mesmo?
Nada melhor do que repetir mais uma vez e tantas quantas forem preciso, o que escrevi a propósito da morte do Presidente da UNITA a 22 de Fevereiro de 2002. As palavras voam, mas os escritos são eternos.
O Povo Angolano, Angola, África e todos os que pugnam pelos ideais de liberdade e democracia no Mundo, estão de luto. Luto por diversas razões. O Dr. Jonas Malheiro Savimbi, Presidente da UNITA, tombou heroicamente em combate! Tombou heroicamente em combate o meu Presidente.
Tão heroicamente que as Forças Armadas de Angola (ou pelo menos parte delas) tiveram necessidade de O humilhar... mesmo depois de morto. Trataram o meu Presidente como um cão raivoso, como um troféu de caça. Até na morte Jonas Savimbi atemorizou os militares de José Eduardo dos Santos.
Os adversários, ou até mesmo os inimigos, merecem respeito. E isso não aconteceu. As FAA não humilharam Jonas Savimbi, humilharam uma grande parte do Povo Angolano.
A África perdeu um dos seus mais insignes filhos, cuja vida e obra O situam na senda dos arautos da História Africana como N'Krumahn, Nasser, Amílcar Cabral, Senghor, Boigny e Hassan II.
O Dr. Jonas Malheiro Savimbi, Presidente da UNITA, o meu Presidente, tombou em combate ao lado das suas tropas e do Povo mártir, apanágio só concedido aos Grandes da História. Deixou-nos como maior e derradeiro legado a sua coragem e o consentimento do sacrifício máximo que pode conceder um combatente da liberdade, a sua Vida.
Fiel aos princípios sagrados que nortearam a criação da UNITA, o Dr. Savimbi, rejeitando sempre e categoricamente os vários cenários de exílios dourados, foi o único dos líderes angolanos que sempre viveu e lutou na sua Pátria querida. A ela tudo deu e nada tirou, ao contrário de outros com contas, palácios e mansões no estrangeiro.
Fisicamente o meu Presidente morreu. Fisicamente o meu Presidente foi humilhado. Mas uma coisa é certa. Não há exército que derrote, mate ou humilhe uma cultura, um povo, uma forma eterna de ser e de estar.
Jonas Savimbi, o meu Presidente, continuará a ter quem defenda essa cultura, esse povo, essa forma eterna de ser e de estar.
«Há coisas que não se definem - sentem-se». Foi isto que há 32 anos me disse, no Huambo, Jonas Malheiro Savimbi. É isto que José Eduardo dos Santos nunca compreendeu.
A UNITA não se define - sente-se. Jonas Malheiro Savimbi não se define - sente-se. Angola não se define - sente-se.
E porque se sente, e não há maneira de matar o que se sente, é que Jonas Malheiro Savimbi, o meu Presidente, continuará vivo. Vivo no esforço pela paz em Angola, vivo pela dignificação dos angolanos, vivo pela liberdade, vivo pela coerência... vivo porque os heróis não morrem nem são humilhados.
Obrigado Presidente!
2 comentários:
Meu caro amigo (deixe lá que o trate assim),afinal temos em comum termos nascido a beber, a comer, a cheirar, a caminhar ... as mesmas águas, as mesmas papaias e gajajas, a cheirar o mesmo ar e a bater as mesmas biçapas, depois ... somos vizinhos de Benguela o Alto-Hama é ali (já venho!, ainda viemos bater ao mesmo abrigo, provisoriamente definitivo e no abrigo palmilhamos por alguns, mesmos, trottoirs ... Amigo, Orlando, depois desta apresentação(?)está tudo bem, na sua respeitável opinião ( eu até nem chupo os gajos das FapLas) mas acreditar que Savimbi fdoi ... e foi!!! Meu caro amigo, teríamos de falar com o Fernando Wilson, se ele cá estivesse,e com toda a sua família, se por cá andassem,para esclarecermos muito (agora também não interessa) sobre ele. O Fernando Wilson foi só (com essa fama ficou para sempre)o melhor aluno da história do Liceu de Benguela e foi, enquanto não o encomendaram,braço político direito de Savimbi. Nesta matéria, amigo meu, você não é do Alto Hama ... é de Porto Alexandre ou de Sanza Pombo. Receba um abraço e de acordo ou em desacordo o que me dá prazer é encontrar _ a falta que me faz só eu sei!_pessoas que digam duas e uma delas, pelo menos,eu saiba (apenas nós saibamos)descodificar.Águalusa em tempos disse ( e bem) que: há coisas de que não vale a pena falar ... quem não nasceu ou viveu não sabe.Pinto final.Ir à tropa, não chegou!Preciso é saber o que é ir apanhar cola de gingolote, ou comer maboque ou fazer corridas de bicicleta no meio das piteiras. Digo eu!
David Oliveira
Um grande patriota!
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