A República Centro-Africana sofre de pobreza extrema, e os indicadores relativos à infância reflectem essa realidade: mais de uma em cada cinco crianças não sobrevive até ao seu quinto aniversário, dado que a taxa de mortalidade dos menores de cinco anos aumentou de 157/1000 mortes em 1995 para 220/1000 em 2003.
Mas como são pretos… Vejam, por favor, o destaque que os media (não) vão amanhã dar a estes dados revelados hoje pela UNICEF.
Do mesmo modo, a mortalidade materna aumentou de 683 mortes por 100.000 nados-vivos em 1988 para 1355/100.000 em 2003. A cada seis minutos, uma mulher morre de causas relacionadas com o parto. A má nutrição crónica situa-se nos 32% e 71% das pessoas vive abaixo do limiar de pobreza.
Mas como são pretos… Vejam, por favor, o destaque que os media (não) vão amanhã dar a estes dados revelados hoje pela UNICEF.
Antes do conflito, as instalações escolares já eram escassas. Hoje, estima-se que um terço dos edifícios das escolas existentes está destruído. A maior parte dos professores fugiu. Uma missão recente das Nações Unidas o Leste do país refere que as crianças não têm ido à escola nos últimos cinco anos.
Mas como são pretos… Vejam, por favor, o destaque que os media (não) vão amanhã dar a estes dados revelados hoje pela UNICEF.
O país detém a mais elevada taxa de prevalência de infecção por VIH na África Central e Ocidental (15 por cento) e 140.000 crianças ficaram órfãs devido à SIDA, das quais 24.000 vivem com o VIH. Mais de 6.000 crianças estão a viver nas ruas, metade das quais na capital, Bangui.
Mas como são pretos… Vejam, por favor, o destaque que os media (não) vão amanhã dar a estes dados revelados hoje pela UNICEF.
1 comentário:
Francamente, não sei se é porque são pretos ou porque são pobres, mas entre uma e outra, venha o diabo e escolha!
Certo é que África está transformada numa espécie de caixote do lixo do planeta: o resto do mundo vai impondo o descalabro ambiental, vai exportando armamento e aviões de luxo para presidentes e sugando grande parte dos lucros de permanentes estados de guerra. E, claro, restringindo as imigrações para o 'paraíso' do hemisfério norte.
Estes assuntos são incómodos e não fazem vender (tele)jornais. Quanto menos as pessoas se interessam, menos se noticia, e vice-versa: uma verdadeira pescadinha de rabo na boca.
Em contrapartida, cada vez menos estamos limitados à informação que nos impingem. Já estivemos bem pior!
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