
Todos este jornalistas, como sempre foi desejo dos diferentes poderes existentes em Portugal, sobretudo os políticos e os económicos, estão agora a pensar com a barriga.
Um dia destes, o Carlos Narciso (um dos mais probos jornalistas de língua portuguesa) dizia que não ía à feira do livro “porque o subsídio de desemprego é manifestamente curto para dar de comer à família e ainda conseguir comprar livros”.
Já em Fevereiro de 2006, o Carlos Narciso dizia em entrevista ao Notícias Lusófonas: “O mercado de trabalho está cada vez mais pequeno, mesmo se, eventualmente, hoje temos mais títulos de imprensa, mais canais de rádio e de televisão que há 20 anos atrás. A verdade é que há cada vez menos patrões… e o aproveitamento das chamadas sinergias de grupo tem vindo a atirar jornalistas para o desemprego”.
E acrescentava que “o que tenho observado, com bastante estranheza, é que os jornalistas têm estado silenciosos” (...) silêncio que “pode, de facto, revelar a cobardia que reina entre os jornalistas, o medo de perder o emprego caso revelem opiniões contrárias às do patrão”.
Carlos Narciso, considerado pelo Notícias Lusófonas (opinião que subscrevo) como “um excelente Jornalista, dos mais conhecidos e respeitados em todo o espaço lusófono”, dizia também que “há uma ideia romantizada do que é jornalismo e, nessa ideia, não entram conferências de imprensa enfadonhas, passar meses e anos a escrever pequenas notícias, a frustração de ver oportunidades passar ao lado, a mediocridade premiada, enfim, o dia-a-dia de muitas redacções”.
Nota: Espero, meu caro Carlos, que um dia destes o Hugo tenha o tal amigo que quer, o que significará ver-te entrar numa casa com portão.
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