domingo, abril 17, 2011

Ministério da Lusofonia só quando Portugal for um país. E isso depende dos credores...

No dia 9 de Julho de 2004, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Luís Filipe Menezes, defendeu a criação de um Ministério para a Lusofonia, independente do Ministério dos Negócios Estrangeiros, e a "naturalização de todos aqueles que queiram ser portugueses".

Mais recentemente, agora pela mão eleitoral do PS, partido que governa Portugal, surgiu a ideia do Estatuto do Cidadão da CPLP, que na prática poderoa proporcionar a livre circulação de pessoas oriundas dos países de expressão portuguesa.

Embora o primeiro passo no processo de criação da CPLP tenha sido dado em São Luís do Maranhão, Brasil, em Novembro de 1989, por ocasião da realização do primeiro encontro dos Chefes de Estado e de Governo dos países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, a convite do Presidente brasileiro, José Sarney, nunca é tarde para acordar.

"Espero que o próximo primeiro-ministro tenha a atitude de criar um Ministério para a Lusofonia. Qualquer cidadão que viva em Portugal e fale português é português, pelo que devemos assumir a grandeza da lusofonia", afirmou Luís Filipe Menezes já há sete anos, sem que o seu partido, o PSD, ou o PS tenham feito algo nesse sentido.

Ao que parece, e também como é habitual, o PS não se recorda das teses que o PSD defende nesta matéria, de que a proposta de Luís Filipe Menezes é apenas um, embora muito bom, exemplo. Também não admira. Já nem o próprio PSD se lembra...

A afirmação de Menezes foi feita à margem da cerimónia de inauguração de um novo complexo habitacional, em Serzedo, ao qual foi dado o nome do futebolista Eusébio da Silva Ferreira, que esteve presente na iniciativa.

Em Agosto de 2007 perguntei, por escrito, se Luís Filipe Menezes manteria esta promessa caso fosse eleito líder do PSD e primeiro-ministro. A resposta foi lapidar: “É óbvio que sim».

A líder do PSD, embora por pouco tempo, chegou, A primeiro-ministro não. E assim se foi uma utopia que mantenho e espero que possa passar à prática num dos governos dos países lusófonos.

Até lá, continuarei a armar-me em idiota diante dos idiotas que se armam em inteligentes…

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