sexta-feira, janeiro 12, 2007

Aborto? Não, Obrigado!

Tal como no referendo anterior, a sociedade portuguesa mobiliza-se para discutir a questão do aborto, rotulada de interrupção voluntária da gravidez para que, creio, todos percebam melhor. Uns, os que já nasceram, não têm problemas em ser a favor do “sim”, a favor de uma lei que sabem nunca os atingir. Os outros, os do “não”, onde me incluo, não querem para os outros o que não querem para eles.

Ou seja, se eu tive direito à vida… todos os outros devem ter o mesmo direito.

A tudo isto acresce que defender o “sim” é a mais pura e paradigmática forma de cobardia. Ou seja, se a sociedade não consegue dar condições de vida (aos pais, mas sobretudo às mães), então mate-se quem não tem direito de defesa.

Noutro patamar, seria mais ou menos como a sociedade não ter capacidade para combater o roubo de carros e, para resolver a questão, decidisse legalizar essa actividade, descriminalizando os autores.

Eu sei que, para muitos socialistas, sociais-democratas, comunistas e afins é mais fácil dizer a uma mãe que pode e deve abortar do que lhe dar condições de dignidade que lhe permitam criar o filho. Para mim isso é cobardia e aceitação da falência de uma sociedade solidária e digna.

Por isso: Aborto? Não, Obrigado!

(Se calhar, já que a legalização do aborto não tem efeitos retroactivos – é pena! -, a melhor forma de nos vermos livres de futuros políticos medíocres como os que agora proliferam por aí seria votar “sim”. Mesmo assim… voto “Não”).

Nota: Até ao referendo este texto terá direito à vida.
Volta e meia estará por aqui.


1 comentário:

Anónimo disse...

Aborto Não!
Os políticos andam a brincar à democracia.
O povo já se pronunciou mas os políticos tentam de nova na esperança que mude de opinião!
Uma fraqueza política. Enganam o povo com temas ideológicos. Para outros temas importantes não há referendos.
Os mesmos políticos que agora gastam 2,3 milhões em propaganda abortiva reduzem o apoio às mulheres.
Um acto ilícito passa a não ser punido. O que já antes acontecia. Naturalmente não se trata de punir mas de ajudar. Sobre o assunto tenho um artigo no meu blog.
António Justo