Cabo Verde está a acompanhar com preocupação a tensão política na Guiné-Bissau e o Governo dispõe-se a analisar um pedido de asilo do ex-primeiro ministro Carlos Gomes Júnior se este se verificar, disse hoje a ministra da Defesa. O ex-primeiro-ministro guineense sabe bem do que é capaz Nino Vieira e o exemplo de Lamine Sanha, assassinado a semana passada, ainda está bem presente...
"Até ao momento não chegou nenhum pedido nesse sentido (de asilo político a Gomes Júnior, refugiado na sede da ONU em Bissau), mas se chegar naturalmente analisaremos com atenção e daremos a resposta no momento certo", afirmou Cristina Fontes Lima, também ministra da Presidência do Conselho de Ministros de Cabo Verde.
"Cabo Verde acompanha com preocupação a situação na Guiné- Bissau porque é um país com relações tradicionais (com Cabo Verde), mas também por ser um país da região e qualquer instabilidade preocupa- nos pelas implicações que isso poderá ter para todos", acrescentou Cristina Fontes.
Por essa razão, explicou a ministra, o governo da Praia iniciou um processo diplomático através da Comunidade Económica de Países da África Ocidental (CEDEAO) para ajudar a acalmar a situação.
Depois da morte no sábado do antigo Chefe do Estado-Maior da Armada guineense Lamine Sanha, que sucumbiu a ferimentos sofridos num ataque a tiro, jovens manifestaram-se violentamente contra o assassínio do oficial, a que se seguiu uma carga policial de que resultou um morto e dois feridos.
Posteriormente, o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, responsabilizou o Presidente da República pelo assassínio, acusação refutada pela presidência, que considerou este acto como "propaganda hostil, que visa denegrir a boa imagem" de "Nino" Vieira.
Procurado na quarta-feira por um contingente policial que pretendia levá-lo para o Ministério do Interior, Carlos Gomes Júnior procurou refúgio na sede da ONU em Bissau, onde ainda se encontra, enquanto decorrem contactos no sentido de ultrapassar a tensão.
Entretanto, o Procurador-Geral da República pediu a comparência do antigo primeiro-ministro na PGR "como testemunha no âmbito do inquérito em curso à morte do ex-CEMA", um dos operacionais que integrou a Junta Militar liderada por Ansumane Mané que derrubou João Bernardo "Nino" Vieira em Maio de 1999.
Cabo Verde está a "acompanhar a situação de forma a que se consiga uma normalização e que o bom senso prevaleça para que a Guiné- Bissau possa ter as condições para um desenvolvimento em paz e tranquilidade", disse ainda a ministra.
"Estamos preocupados e estamos atentos à questão directamente, mas também no quadro da CEDEAO", insistiu Cristina Fontes Lima, precisando que "há um seguimento estreito" por parte dos vários órgãos cabo-verdianos, nomeadamente o Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Presidência da República.
"A diplomacia cabo-verdiana acompanha a questão com atenção, procurando ser útil com qualquer contribuição que possa dar para melhorar a situação", garantiu.
"Até ao momento não chegou nenhum pedido nesse sentido (de asilo político a Gomes Júnior, refugiado na sede da ONU em Bissau), mas se chegar naturalmente analisaremos com atenção e daremos a resposta no momento certo", afirmou Cristina Fontes Lima, também ministra da Presidência do Conselho de Ministros de Cabo Verde.
"Cabo Verde acompanha com preocupação a situação na Guiné- Bissau porque é um país com relações tradicionais (com Cabo Verde), mas também por ser um país da região e qualquer instabilidade preocupa- nos pelas implicações que isso poderá ter para todos", acrescentou Cristina Fontes.
Por essa razão, explicou a ministra, o governo da Praia iniciou um processo diplomático através da Comunidade Económica de Países da África Ocidental (CEDEAO) para ajudar a acalmar a situação.
Depois da morte no sábado do antigo Chefe do Estado-Maior da Armada guineense Lamine Sanha, que sucumbiu a ferimentos sofridos num ataque a tiro, jovens manifestaram-se violentamente contra o assassínio do oficial, a que se seguiu uma carga policial de que resultou um morto e dois feridos.
Posteriormente, o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, responsabilizou o Presidente da República pelo assassínio, acusação refutada pela presidência, que considerou este acto como "propaganda hostil, que visa denegrir a boa imagem" de "Nino" Vieira.
Procurado na quarta-feira por um contingente policial que pretendia levá-lo para o Ministério do Interior, Carlos Gomes Júnior procurou refúgio na sede da ONU em Bissau, onde ainda se encontra, enquanto decorrem contactos no sentido de ultrapassar a tensão.
Entretanto, o Procurador-Geral da República pediu a comparência do antigo primeiro-ministro na PGR "como testemunha no âmbito do inquérito em curso à morte do ex-CEMA", um dos operacionais que integrou a Junta Militar liderada por Ansumane Mané que derrubou João Bernardo "Nino" Vieira em Maio de 1999.
Cabo Verde está a "acompanhar a situação de forma a que se consiga uma normalização e que o bom senso prevaleça para que a Guiné- Bissau possa ter as condições para um desenvolvimento em paz e tranquilidade", disse ainda a ministra.
"Estamos preocupados e estamos atentos à questão directamente, mas também no quadro da CEDEAO", insistiu Cristina Fontes Lima, precisando que "há um seguimento estreito" por parte dos vários órgãos cabo-verdianos, nomeadamente o Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Presidência da República.
"A diplomacia cabo-verdiana acompanha a questão com atenção, procurando ser útil com qualquer contribuição que possa dar para melhorar a situação", garantiu.
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