sexta-feira, janeiro 05, 2007

Recordar é mesmo viver!
- Obrigado Adelino Almeida

“Foi nas instalações da E.V.A. em Nova Lisboa, (Huambo) que cheguei a 9 de Janeiro de 1969, para dar início à minha vida militar. À minha espera, estavam os meus padrinhos, os quais já não via há alguns anos, e também o filho Orlando Castro, que só conhecia por fotos. Hoje, um conceituado Jornalista...

Dado que podia entrar no quartel até ao dia 11, acabei por passar esses dias e noites em casa deles, numa vivenda que ficava a caminho do Aeroporto. Era uma vivenda, cujos muros do quintal eram enfeitados com Maracujás. Trata-se de um pequeno pormenor, mas que ficou gravado na minha memória, talvêz por ter sido lá que comi pela primeira vez aquele fruto.

No dia 11 de manhã, lá fui para o quartel (R.I.21), ou melhor, levado pelo meu padrinho, pois ainda era longe e ele fez questão em me levar.

Como é do conhecimento geral, os primeiros dias são passados dentro do quartel, e só de lá podemos sair depois de toda aquela borocracia necessária (?). Saber as patentes, saber fazer continência, etc, etc, etc.

Passados que foram esses 15 dias, e chegado o primeiro fim-de-semana, estava eufórico, pois podia finalmente sair daquele arame-farpado.

Claro está, que aquele, e todos os outros fins-de-semana que se seguiram, enquanto estive em Nova Lisboa, eram passados com os meus padrinhos e com o filho Orlando, aquele que viria a ser o meu cicerone, o meu companheirão, alinhando comigo em todas as passeatas e aventuras”.

Na foto: Eu e o autor deste texto, em Nova Lisboa
In: http://www.linoblogger.blogspot.com/

1 comentário:

Anónimo disse...

Amigo Orlando:
Recordar, é sem sombra de dúvida viver. E tú, ao publicares no teu Blog este texto, acabaste de me dar um pouco de vida.
Grato fico eu, por poder contar com um amigo como tú, já há longos anos, e de lá longe, da linda cidade do Huambo (ex-Nova Lisboa)
Fiquei, como diz o Poeta, "Com uma lágrima ao canto do olho"
Aquele abraço amigo.
Adelino Almeida