quinta-feira, janeiro 11, 2007

João Gomes Cravinho é quem sabe…

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português garantiu hoje que está a acompanhar a situação na Guiné-Bissau, onde o recente assassínio do ex-CEMA suscitou protestos e uma troca de acusações entre políticos e partidos. Podemos dormir descansados... apesar de João Gomes Cravinho estar na Índia a acompanhar Cavaco Silva.

Segundo este brilhante especialista em questões africanas, o plano de contingência para uma eventual retirada de portugueses do país, caso se agrave a situação na Guiné-Bissau, “está em permanente actualização”.

Segundo Gomes Cravinho, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, já falou com o seu homólogo guineense, Isaac Monteiro, sobre a situação na Guiné-Bissau.

E pronto. Nino Vieira continua a ser dono e senhor do reino e mesmo que um dia seja julgado e condenado poderá, para além de Portugal, contar com outro velho amigo africano.

Não. Não é esse. Desta vez refiro-me a Robert Mugabe que se recusa a extraditar o ex-ditador marxista etíope Mengistu Hailé Mariam que foi hoje condenado a prisão perpétua pelo Alto Tribunal Federal da Etiópia por genocídio e outros crimes cometidos em 1977 e 1978.

2 comentários:

Didinho disse...

E pensar que toda a lusofonia, através da CPLP é presidida, em exercício, por um DITADOR que de há muito se sabe como conseguiu chegar de novo ao poder na Guiné-Bissau!

A quem interessa realmente esta CPLP, uma comunidade de amigos do poder: se hoje estás no poder somos amigos, se amanhã não estás no poder, já não te conheço...

A quem interessa realmente esta CPLP, uma comunidade política, apesar de não se gostar da referência (política) maioritariamente composta por poderes ditatoriais?

Haja paciência...!

ELCAlmeida disse...

Caro Casimiro, - permita-me Orlando que utilize este espaço para responder a Didinho - como uma vez já escrevi é altura de deixarem de gozar com a nossa chipala (cara).
Também quando a personalidade que Orlando Castro aqui nos oferece fala em nome de um MNE que segundo aprece está doente e, por sua vez, está a mais de 5000 km de distância...
Um perfeito diplomata que, há pouco tempo e em declarações ao Expresso, associou Savimbi a Hitler tudo porque não sabe - ou não quer saber porque o pai, salvo erro, é chicoronho (do Lubango) - o que é e sente um africano quano o ofendem e nas condições que o faz.
Como escreve Carlos Narciso embora citando um provérbio somali, "asofensas são esquecidas, não pelo ofendido mas pelo ofensor" e o secretário de estado português continua a não perceber isso.
Por isso nos PALOP pouco se liga à CPLP, embora diplomaticamente, se diga que sim e que deve manter.
A fazer o quê, é o que se questiona.
Kandandu
Eugénio Costa Almeida