Em Angola, os três principais órgãos de comunicação social do Estado têm a partir de hoje novas direcções gerais. A informação foi comunicada durante um encontro que o ministro da tutela Manuel Rabelais manteve com os directores cessantes. Independentemente da qualidade dos profissionais que entram e dos que saem, o Governo teima em “matar” o mensageiro e deixar (porque, claro, é isso que lhe interessa) incólume a mensagem... a bem das próximas vitórias eleitorais.
Assim, Luís Fernando que se encontrava à frente do Jornal de Angola desde 1995, deixa o lugar a José Ribeiro, quadro da casa, ao passo que na Rádio Nacional de Angola Alberto de Sousa assumiu a direcção geral, secundado por Eduardo Magalhães que além chefia da direcção de informação passa ainda a acumular a direcção de programas.
Na televisão Carlos Cunha foi substituído por Fernando Cunha, então director da Gráfica Popular com passagem também pelo Jornal de Angola, onde foi director administrativo e financeiro nos anos noventa. Cunha terá como adjunto para informação e programas o jornalista Amilcar Xavier até há pouco director do canal «A» da Rádio Nacional de Angola.
Luisa Damião, adida cultural na embaixada angolana em Cuba empreenderá viagem de regresso a Angola para ocupar a direcção de Informação da Angop, o mesmo sucedendo com Albino Carlos, que se encontra no Canadá como adido de imprensa, para se ocupar da chefia do CEFOJOR.
Perante a anunciada aparição de novos órgãos de comunicação social privados, o Estado joga tudo o que tem para manter os principais meios públicos ao seu dispor, desde logo porque sabe que eles são importantes para ganhar.
São importantes porque chegam a onde os outros nem sonham chegar e, também, porque vão funcionar ainda mais como correia de transmissão da propaganda oficial.
Por muito que o Conselho de Comunicação Social, Sindicato dos Jornalistas e outros organismos protestem, o MPLA não abre mão de um dos seus mais importantes trunfos eleitorais: Rádio Nacional, Televisão nacional e Jornal nacional.
Ou seja, mantém a parte de leão e deixa aos outros, nomeadamente à UNITA, os ossos. E, ao que me parece, o partido de Isaís Samakuva contenta-se com pouco.
Muito pouco, na minha opinião.
São importantes porque chegam a onde os outros nem sonham chegar e, também, porque vão funcionar ainda mais como correia de transmissão da propaganda oficial.
Por muito que o Conselho de Comunicação Social, Sindicato dos Jornalistas e outros organismos protestem, o MPLA não abre mão de um dos seus mais importantes trunfos eleitorais: Rádio Nacional, Televisão nacional e Jornal nacional.
Ou seja, mantém a parte de leão e deixa aos outros, nomeadamente à UNITA, os ossos. E, ao que me parece, o partido de Isaís Samakuva contenta-se com pouco.
Muito pouco, na minha opinião.
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