O Ministério Público português está a investigar uma alegada burla gigantesca ao Estado angolano, supostamente cometida por empresários portugueses com ligações a elementos angolanos do Banco Nacional de Angola.
Segundo o DN, em causa estarão mais de 300 milhões de euros em pagamentos do BNA para produtos que nunca chegaram a Angola, alguns completamente fictícios, como limpa-neves.
A maioria dos pagamentos saiu de uma conta do Estado angolano no Banco Espírito Santo de Londres. O alarme soou quando o banco comunicou que a conta estava quase a zero.
Dizer que o regime angolano, liderado, recorde-se, por um presidente que está no poder há 32 anos sem nunca ter sido eleito, é contra todas as formas de luta que ponham em causa o seu reinado, é chover no molhado. Ninguém se preocupa com isso.
Afirmar que os níveis de corrupção existentes em Angola superam tudo o que se passa em África, conforme relatórios de organizações internacionais e nacionais credíveis, é uma verdade que a comunidade internacional reconhece mas sem a qual não sabe viver.
Aliás, basta ver como as grandes empresas, portuguesas e muitas outras, investem forte no clã Eduardo dos Santos como forma de fazerem chorudos negócios... até com limpa-neves.
Com este cenário, alguém se atreverá a dizer ao dono do poder angolano, José Eduardo dos Santos, que é preciso acabar com a corrupção?
Aliás, como demonstraram os empresários portugueses e angolanos, é muito mais fácil negociar com regimes corruptos de países ricos do que com regimes democráticos e sérios.
Sendo Angola o sexto maior fornecedor petrolífero dos Estados Unidos da América, alguém está a ver Hillary Clinton olhar para os caixotes do lixo de Luanda dos quais se alimentam muitos e muitos angolanos? Não.
EUA e China recebem actualmente 90 por cento das exportações petrolíferas angolanas, que por sua vez contribuem com mais de 80 por cento do PIB e 83 por cento das receitas do Estado (2008).
Por estas e por outras é que Hillary Clinton elogia os progressos feitos pelo regime angolano, assina mais uns acordos, garante mais alguns negócios (muitos dos quais não serão divulgados) e dá público conhecimento de que Angola está no caminho certo.
Sendo que o caminho certo se define não em função da corrupção e da violação dos direitos humanos mas, é claro, dos interesses económicos. Hillary Clinton está muito mais preocupada com o petróleo de Angola do que os angolanos.
E isso é crime? Não. Não é. Aliás, se até o próprio presidente Eduardo dos Santos está mais procupado com o petróleo do que com os angolanos...
Com ou sem limpa-neves, Angola e a sua opaca companhia petrolífera é exemplo chave de receitas petrolíferas desbaratadas e postas ao serviço de um Estado-sombra onde o único resultado real para a maioria da população é a pobreza, sendo os bancos cúmplices no esquema, parte da estrutura que permite que isso aconteça.
A maioria dos pagamentos saiu de uma conta do Estado angolano no Banco Espírito Santo de Londres. O alarme soou quando o banco comunicou que a conta estava quase a zero.
Dizer que o regime angolano, liderado, recorde-se, por um presidente que está no poder há 32 anos sem nunca ter sido eleito, é contra todas as formas de luta que ponham em causa o seu reinado, é chover no molhado. Ninguém se preocupa com isso.
Afirmar que os níveis de corrupção existentes em Angola superam tudo o que se passa em África, conforme relatórios de organizações internacionais e nacionais credíveis, é uma verdade que a comunidade internacional reconhece mas sem a qual não sabe viver.
Aliás, basta ver como as grandes empresas, portuguesas e muitas outras, investem forte no clã Eduardo dos Santos como forma de fazerem chorudos negócios... até com limpa-neves.
Com este cenário, alguém se atreverá a dizer ao dono do poder angolano, José Eduardo dos Santos, que é preciso acabar com a corrupção?
Aliás, como demonstraram os empresários portugueses e angolanos, é muito mais fácil negociar com regimes corruptos de países ricos do que com regimes democráticos e sérios.
Sendo Angola o sexto maior fornecedor petrolífero dos Estados Unidos da América, alguém está a ver Hillary Clinton olhar para os caixotes do lixo de Luanda dos quais se alimentam muitos e muitos angolanos? Não.
EUA e China recebem actualmente 90 por cento das exportações petrolíferas angolanas, que por sua vez contribuem com mais de 80 por cento do PIB e 83 por cento das receitas do Estado (2008).
Por estas e por outras é que Hillary Clinton elogia os progressos feitos pelo regime angolano, assina mais uns acordos, garante mais alguns negócios (muitos dos quais não serão divulgados) e dá público conhecimento de que Angola está no caminho certo.
Sendo que o caminho certo se define não em função da corrupção e da violação dos direitos humanos mas, é claro, dos interesses económicos. Hillary Clinton está muito mais preocupada com o petróleo de Angola do que os angolanos.
E isso é crime? Não. Não é. Aliás, se até o próprio presidente Eduardo dos Santos está mais procupado com o petróleo do que com os angolanos...
Com ou sem limpa-neves, Angola e a sua opaca companhia petrolífera é exemplo chave de receitas petrolíferas desbaratadas e postas ao serviço de um Estado-sombra onde o único resultado real para a maioria da população é a pobreza, sendo os bancos cúmplices no esquema, parte da estrutura que permite que isso aconteça.
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