A propósito do sentido e directo desabafo do meu amigo Alberto Castro (ver texto anterior) sobre o facto de, segundo ele, a imprensa portuguesa ter esquecido Abdias do Nascimento, recordo-me de Miriam Makeba, a “Mama África”.
E recordo-me, nesta altura, porque também um dos principais jornais diários de Portugal, na circunstância o Jornal de Notícias, se esqueceu de noticiar a sua morte.
Recorde-se, não que isso seja importante para os operários das linhas de enchimento de textos de linha branca, que a cantora sul-africana Miriam Makeba, conhecida no mundo como "Mama África", morreu no dia 10 de Novembro de 2008 após um show no sul da Itália. Aos 76 anos, a artista era um símbolo internacional contra a segregação racial e tinha entre os seus sucessos as músicas "Pata Pata" ou "Malaika".
Segundo a agência de notícias Ansa, "Mama África", sofreu um ataque cardíaco após encerrar um show em homenagem a um jornalista italiano ameaçado pela máfia napolitana.
Makeba, também chamada "A imperatriz da canção africana", saiu da África do Sul em 1959, quando ainda vigorava no país o regime segregacionista do apartheid.
Tentou voltar em 1960, para o funeral da mãe, porém o seu passaporte foi revogado e a sua entrada negada. Viveu no exílio durante 31 anos nos EUA, na França, na Guiné e na Bélgica, até ao seu emocionante regresso a Johannesburgo, em 1990.
Na época muitos sul-africanos exilados voltaram ao país, devido às reformas do então presidente F. W. De Klerk.
"Nunca compreendi por quê não podia vir ao meu país", disse a "Mama África", "Nunca cometi crime algum."
O convite para regressar foi feito por Nelson Mandela, que depois viria a ser presidente do país, entre 1994 e 1999. "Foi como renascer", relembrou Miriam.
"Uma das nossas maiores cantoras de todos os tempos parou de cantar", lamentou em nota o ministro da Cultura da África do Sul, Nkosazana Dlamini Zuma.
"Ao longo de sua vida, Mama Makeba comunicou uma mensagem positiva ao mundo sobre a luta das pessoas na África do Sul e a certeza das vitórias sobre as forças malignas do apartheid e do colonialismo através da arte de cantar", apontou Zuma.
Miriam começou sua carreira em Sophiatown, uma zona cosmopolita de Johannesburgo muito rica culturalmente na década de 1950. Porém os negros foram retirados à força pelo governo do apartheid (regime que vigorou entre 1948 e 1990).
A cantora recebeu um Grammy em 1966 pela melhor gravação folk, juntamente com Harry Belafonte, pelo disco "An Evening With Belafonte/Makeba". A obra tratava dos problemas enfrentados pelos negros sul-africanos durante o apartheid.
Recorde-se, não que isso seja importante para os operários das linhas de enchimento de textos de linha branca, que a cantora sul-africana Miriam Makeba, conhecida no mundo como "Mama África", morreu no dia 10 de Novembro de 2008 após um show no sul da Itália. Aos 76 anos, a artista era um símbolo internacional contra a segregação racial e tinha entre os seus sucessos as músicas "Pata Pata" ou "Malaika".
Segundo a agência de notícias Ansa, "Mama África", sofreu um ataque cardíaco após encerrar um show em homenagem a um jornalista italiano ameaçado pela máfia napolitana.
Makeba, também chamada "A imperatriz da canção africana", saiu da África do Sul em 1959, quando ainda vigorava no país o regime segregacionista do apartheid.
Tentou voltar em 1960, para o funeral da mãe, porém o seu passaporte foi revogado e a sua entrada negada. Viveu no exílio durante 31 anos nos EUA, na França, na Guiné e na Bélgica, até ao seu emocionante regresso a Johannesburgo, em 1990.
Na época muitos sul-africanos exilados voltaram ao país, devido às reformas do então presidente F. W. De Klerk.
"Nunca compreendi por quê não podia vir ao meu país", disse a "Mama África", "Nunca cometi crime algum."
O convite para regressar foi feito por Nelson Mandela, que depois viria a ser presidente do país, entre 1994 e 1999. "Foi como renascer", relembrou Miriam.
"Uma das nossas maiores cantoras de todos os tempos parou de cantar", lamentou em nota o ministro da Cultura da África do Sul, Nkosazana Dlamini Zuma.
"Ao longo de sua vida, Mama Makeba comunicou uma mensagem positiva ao mundo sobre a luta das pessoas na África do Sul e a certeza das vitórias sobre as forças malignas do apartheid e do colonialismo através da arte de cantar", apontou Zuma.
Miriam começou sua carreira em Sophiatown, uma zona cosmopolita de Johannesburgo muito rica culturalmente na década de 1950. Porém os negros foram retirados à força pelo governo do apartheid (regime que vigorou entre 1948 e 1990).
A cantora recebeu um Grammy em 1966 pela melhor gravação folk, juntamente com Harry Belafonte, pelo disco "An Evening With Belafonte/Makeba". A obra tratava dos problemas enfrentados pelos negros sul-africanos durante o apartheid.
1 comentário:
Lembro-me dela cantar em Angola nos primeiros anos da independencia e mais tarde voltei a ve-la cantar no Algarve. Uma referencia da musica africana e tambem activista anti-apartheid tal como foi tambem Abdias do Nascimento. Portugal lembrar dessas figuras??? Como diria alguem: deixem-me rir, ah ah, ah, ah! Muita ignorancia e tacanhez. Parabens pelo blog.
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