A metodologia que Isaías Samakuva seguiu para ganhar a liderança da UNITA deve servir de exemplo porque corresponde ao que o MPLA vai fazer para vencer eventuais eleições em Angola.
Ou seja, tal como Samakuva controlou o aparelho do partido, o MPLA vai controlar o aparelho do Estado e – tal como na UNITA – os votantes preferem um prato cheio de fuba à promessa de uma panela a abarrotar de carne.
Para mim a estratégia do partido que comanda Angola desde 1975 continua a ser a de fingir, a de dar a ideia para o exterior que a democracia existe no país. Mas isso é falso. A democracia não é uma coisa abstracta. Tem parâmetros que a definem. E esses não existem.
Alguém vê os tribunais a julgar? Não. Alguém vê o Parlamento a legislar? Não. Alguém vê o Governo a governar? Não. Quem manda, quem se substitui aos tribunais, à Assembleia Nacional e ao Governo é uma entidade não eleita que dá pelo nome de Presidência da República.
A UNITA sabe o que é a democracia e adoptou-a definitivamente. Tê-lo-á feito de forma consciente? Tenho algumas dúvidas que todos os seus dirigentes queiram a democracia, mas estão no bom caminho. Aliás, Samakuva sabe que essa é a única via que tem para mostrar ao ao mundo que as democracias ocidentais estão a sustentar um regime corrupto e um partido que quer perpetuar-se no poder.
Quando houver eleições, provavelmente em 2012, Samakuva irá pôr no terreno os seus melhores quadros. Faltará saber se formarão uma equipa ou, apenas, um conjunto de jogadores, ou uns tantos amigos e apoiantes.
Nesta altura Samakuva deu poderes e influência a membros do partido que, para além do umbigo, do próprio umbigo, passaram os últimos anos a bloquear iniciativas válidas só porque partiam de outras pessoas. Ou seja, olharam para o mensageiro e não para a mensagem.
Para já, o que não é pouco, a UNITA mostrou que é possível a democracia funcionar em Angola e, porque não dizê-lo?, em África. Mas será isso suficiente? Não. Não é.
O mundo ocidental está, mais uma vez, de olhos fechados para o enorme exemplo que a UNITA dá. Em 2003, abriu bem os olhos porque esperava o fim do partido. Isso não aconteceu. Agora vamos ver. O Ocidente vai – na minha opinião – querer continuar a ter boas relações que um regime corrupto e ditatorial.
Como dizia um velho amigo (Aurélio Vida de Deus), hoje provavelmente rendido aos que estão sempre de acordo com ele, o Ocidente “não vai reagir porque não interessa que a Democracia funcione em Angola, assim como não interessa que haja eleições, ao fim e ao cabo Angola está em Paz e nenhum governo “democrático” exige que haja eleições neste País”.
Para mim a estratégia do partido que comanda Angola desde 1975 continua a ser a de fingir, a de dar a ideia para o exterior que a democracia existe no país. Mas isso é falso. A democracia não é uma coisa abstracta. Tem parâmetros que a definem. E esses não existem.
Alguém vê os tribunais a julgar? Não. Alguém vê o Parlamento a legislar? Não. Alguém vê o Governo a governar? Não. Quem manda, quem se substitui aos tribunais, à Assembleia Nacional e ao Governo é uma entidade não eleita que dá pelo nome de Presidência da República.
A UNITA sabe o que é a democracia e adoptou-a definitivamente. Tê-lo-á feito de forma consciente? Tenho algumas dúvidas que todos os seus dirigentes queiram a democracia, mas estão no bom caminho. Aliás, Samakuva sabe que essa é a única via que tem para mostrar ao ao mundo que as democracias ocidentais estão a sustentar um regime corrupto e um partido que quer perpetuar-se no poder.
Quando houver eleições, provavelmente em 2012, Samakuva irá pôr no terreno os seus melhores quadros. Faltará saber se formarão uma equipa ou, apenas, um conjunto de jogadores, ou uns tantos amigos e apoiantes.
Nesta altura Samakuva deu poderes e influência a membros do partido que, para além do umbigo, do próprio umbigo, passaram os últimos anos a bloquear iniciativas válidas só porque partiam de outras pessoas. Ou seja, olharam para o mensageiro e não para a mensagem.
Para já, o que não é pouco, a UNITA mostrou que é possível a democracia funcionar em Angola e, porque não dizê-lo?, em África. Mas será isso suficiente? Não. Não é.
O mundo ocidental está, mais uma vez, de olhos fechados para o enorme exemplo que a UNITA dá. Em 2003, abriu bem os olhos porque esperava o fim do partido. Isso não aconteceu. Agora vamos ver. O Ocidente vai – na minha opinião – querer continuar a ter boas relações que um regime corrupto e ditatorial.
Como dizia um velho amigo (Aurélio Vida de Deus), hoje provavelmente rendido aos que estão sempre de acordo com ele, o Ocidente “não vai reagir porque não interessa que a Democracia funcione em Angola, assim como não interessa que haja eleições, ao fim e ao cabo Angola está em Paz e nenhum governo “democrático” exige que haja eleições neste País”.
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