Quem seguiu a trajectória político-partidária de Francisco Assis nos últimos anos não terá, creio, dificuldade em ver que ele está cada vez mais igual (embora para melhor) a José Sócrates.
Francisco Assis está tão igual a Sócrates que, em muitas alturas, até me faz lembrar Mohamed Said Al-Sahaf, o ministro iraquiano da informação que, na mesma altura em que os jornalistas já viam da sala onde falavam com ele os tanques dentro de Bagdade, garantia a pés juntos que as tropas norte-americanas estavam longe da capital e a levar porrada a torto e a direito.
Francisco Assis é (será que ainda se recordam?) o mesmo líder parlamentar que, acompanhado por Sérgio Sousa Pinto, se solidarizou com o seu camarada, igualmente deputado, Ricardo Rodrigues quando este tentou justificar o injustificável. Ou seja, as razões pelas quais “tomou posse” (sinónimo de roubar) dos gravadores dos jornalistas da Sábado.
Francisco Assis continua a ser, penso eu, o mesmo que considerou no dia 12 de Janeiro, em Lisboa, que Cavaco Silva estava a adoptar na sua campanha "uma linha de orientação que não privilegia a manutenção de um clima de estabilidade institucional", acrescentando que "o país não precisa de um Presidente da República transformado num provedor universal de todos os descontentamentos, nem tão pouco de um Presidente da República erigido no papel de contra-peso da acção do Governo legítimo do país".
Cára para mim, Augusto Santos Silva é quem deveria ser o próximo “querido líder” do PS. Como é agradável ver, como fez no dia 10 de Janeiro, este dirigente socialista e educador das massas operárias, mas também ex-ministro, acusar as forças de direita de "salivarem" perante a hipótese de o FMI entrar em Portugal e de colocarem os interesses partidários acima dos nacionais.
Nesse dia, falando de barriga cheia (estava na altura num almoço de apoio a Manuel Alegre), Santos Silva avançou – nunca é demais recordá-lo – com as suas habituais eruditas pérolas, fazendo lembrar o tempo em que tinha a pasta, entre outras, de dono da comunicação social portuguesa.
Talvez por saber disso, de vez em quando ele aparece – mesmo sendo ministro da Defesa - para malhar em todos aqueles que têm a ousadia de pensar de forma diferente da dele que, aliás, é ou era até domingo passado, sempre igual (neste caso) à do sumo pontífice do PS, José Sócrates.
Recordam-se de Augusto Santos Silva ter considerado, ainda não há muito tempo (21 de Julho do ano passado), que o ante-projecto de revisão constitucional do PSD era “um manifesto extremista contra a Constituição”, que revelava “irresponsabilidade” e colocava “radicalmente em causa um equilíbrio de poderes que a democracia portuguesa laboriosamente construiu”?
O então Governo do PS e o então PS do Governo, seguindo a metodologia de Augusto Santos Silva, deve continua a malhar forte e feio nos enteados a quem acusa de "inacção" e de "cegueira ideológica".
Só escapam, esses escapam sempre, os que gravitam em volta deste PS. Se calhar o actual PS até tem razão. Cada povo tem os políticos que merece.
Dizia Augusto Santos Silva, certamente respaldado na cartilha do até agora perito dos peritos, José Sócrates, que a oposição "sucumbe à demagogia". Demagogia que, como todos sabem, é (ou foi até domingo) uma característica atávica de todos os portugueses de segunda, ou seja, de todos aqueles que não são deste PS. Embora possam ser do PS de António Guterres, por exemplo.
"A direita falha em critérios essenciais na resposta à actual crise, começando logo por falhar no requisito da iniciativa", sustentava o maior (a seguir a José Sócrates) perito dos peritos portugueses, considerando que a oposição não assume uma defesa do princípio da "equidade social".
Será com certeza por isso que os poucos que têm milhões mais milhões continuam a ter, e que os milhões que têm pouco ou nada... ainda têm menos, se é que isso é possível.
Quando se vira para a esquerda, este PS também bate forte e feio, ou não fosse o único dono da verdade. Em relação ao PCP atira a matar, tal como fizera quanto ao Bloco de Esquerda, isto – diga-se em abono da verdade - antes de terem selado uma união de facto a três, via Manuel Alegre.
Nessa altura, Santos Silva evitou dizer que o BE pertence "à esquerda extremista" que "propõe o regresso ao paradigma colectivista".
"Estão cegos por preconceitos ideológicos que os impediram de perceber o quanto foi essencial estabilizar o sistema financeiro para responder à crise", disse em tempos, entre outras sábias alusões, Augusto Santos Silva.
Ora aí está. Bons só mesmo os socialistas. Nem todos, mas sobretudo os que, por terem coluna vertebral amovível, veneram o líder... Todos os outros são uma escumalha que não merece sequer ser considerada como portuguesa.
"O PS é portador de uma liderança e de uma plataforma política para mobilizar o conjunto da sociedade", sustentava o PS, mostrando sempre que, na Terra, só Sócrates podia representar Deus como único detentor da verdade. Isto, é claro, até domingo passado.
Francisco Assis é (será que ainda se recordam?) o mesmo líder parlamentar que, acompanhado por Sérgio Sousa Pinto, se solidarizou com o seu camarada, igualmente deputado, Ricardo Rodrigues quando este tentou justificar o injustificável. Ou seja, as razões pelas quais “tomou posse” (sinónimo de roubar) dos gravadores dos jornalistas da Sábado.
Francisco Assis continua a ser, penso eu, o mesmo que considerou no dia 12 de Janeiro, em Lisboa, que Cavaco Silva estava a adoptar na sua campanha "uma linha de orientação que não privilegia a manutenção de um clima de estabilidade institucional", acrescentando que "o país não precisa de um Presidente da República transformado num provedor universal de todos os descontentamentos, nem tão pouco de um Presidente da República erigido no papel de contra-peso da acção do Governo legítimo do país".
Cára para mim, Augusto Santos Silva é quem deveria ser o próximo “querido líder” do PS. Como é agradável ver, como fez no dia 10 de Janeiro, este dirigente socialista e educador das massas operárias, mas também ex-ministro, acusar as forças de direita de "salivarem" perante a hipótese de o FMI entrar em Portugal e de colocarem os interesses partidários acima dos nacionais.
Nesse dia, falando de barriga cheia (estava na altura num almoço de apoio a Manuel Alegre), Santos Silva avançou – nunca é demais recordá-lo – com as suas habituais eruditas pérolas, fazendo lembrar o tempo em que tinha a pasta, entre outras, de dono da comunicação social portuguesa.
Talvez por saber disso, de vez em quando ele aparece – mesmo sendo ministro da Defesa - para malhar em todos aqueles que têm a ousadia de pensar de forma diferente da dele que, aliás, é ou era até domingo passado, sempre igual (neste caso) à do sumo pontífice do PS, José Sócrates.
Recordam-se de Augusto Santos Silva ter considerado, ainda não há muito tempo (21 de Julho do ano passado), que o ante-projecto de revisão constitucional do PSD era “um manifesto extremista contra a Constituição”, que revelava “irresponsabilidade” e colocava “radicalmente em causa um equilíbrio de poderes que a democracia portuguesa laboriosamente construiu”?
O então Governo do PS e o então PS do Governo, seguindo a metodologia de Augusto Santos Silva, deve continua a malhar forte e feio nos enteados a quem acusa de "inacção" e de "cegueira ideológica".
Só escapam, esses escapam sempre, os que gravitam em volta deste PS. Se calhar o actual PS até tem razão. Cada povo tem os políticos que merece.
Dizia Augusto Santos Silva, certamente respaldado na cartilha do até agora perito dos peritos, José Sócrates, que a oposição "sucumbe à demagogia". Demagogia que, como todos sabem, é (ou foi até domingo) uma característica atávica de todos os portugueses de segunda, ou seja, de todos aqueles que não são deste PS. Embora possam ser do PS de António Guterres, por exemplo.
"A direita falha em critérios essenciais na resposta à actual crise, começando logo por falhar no requisito da iniciativa", sustentava o maior (a seguir a José Sócrates) perito dos peritos portugueses, considerando que a oposição não assume uma defesa do princípio da "equidade social".
Será com certeza por isso que os poucos que têm milhões mais milhões continuam a ter, e que os milhões que têm pouco ou nada... ainda têm menos, se é que isso é possível.
Quando se vira para a esquerda, este PS também bate forte e feio, ou não fosse o único dono da verdade. Em relação ao PCP atira a matar, tal como fizera quanto ao Bloco de Esquerda, isto – diga-se em abono da verdade - antes de terem selado uma união de facto a três, via Manuel Alegre.
Nessa altura, Santos Silva evitou dizer que o BE pertence "à esquerda extremista" que "propõe o regresso ao paradigma colectivista".
"Estão cegos por preconceitos ideológicos que os impediram de perceber o quanto foi essencial estabilizar o sistema financeiro para responder à crise", disse em tempos, entre outras sábias alusões, Augusto Santos Silva.
Ora aí está. Bons só mesmo os socialistas. Nem todos, mas sobretudo os que, por terem coluna vertebral amovível, veneram o líder... Todos os outros são uma escumalha que não merece sequer ser considerada como portuguesa.
"O PS é portador de uma liderança e de uma plataforma política para mobilizar o conjunto da sociedade", sustentava o PS, mostrando sempre que, na Terra, só Sócrates podia representar Deus como único detentor da verdade. Isto, é claro, até domingo passado.
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