terça-feira, junho 14, 2011

Com que então era a «hora de quem não foge»?

Francisco Assis, um dos candidatos ao lugar do ainda sumo pontífice socialista, José Sócrates, defendeu no comício de Matosinhos (o PS chamou-lhe Congresso) que era “importante que José Sócrates fosse primeiro-ministro, porque uma coisa era ser ele a negociar com as instituições europeias e com o FMI, outra coisa era ser a direita liberal a fazê-lo”.

O então líder parlamentar do PS e que liderou as listas do Porto à Assembleia da República, acusou o PSD de apregoar a política do FMI “antes do FMI chegar”.

“O PSD e uma parte substancial da direita não aceitaram os últimos resultados eleitorais e estiveram sempre à espera para provocar eleições”, afirmou na altura Francisco Assis.

Ao seu melhor estilo, Francisco (Said Al-Sahaf) Assis garantiu nessa altura em que José Sócrates ainda não tinha passado de bestial a besta: “Estarei sempre contigo nesta tua luta”.

Não foi bem assim, mas quase. Agora só falta Sócrates dizer para Assis: “Estarei sempre contigo nesta tua luta”.

Como candidato da continuidade, Francisco (Said Al-Sahaf) Assis disse logo na altura algo que definiu a estratégia de José Sócrates nos últimos anos, ou seja, dizer às segundas, quartas e sexas umma coisa, e às terças, quintas e sábados outra diferente.

Foi nesse altura que, superando os habituais arautos das profecias socialistas (Santos Silva, José Junqueiro, Pedro Silva Pereira etc.), Francisco Assis disse: “Esta é a hora de quem não está aqui para calculismos, esta é a hora da coragem, esta é a hora de quem não foge”.

Terminado o discurso, Assis e Sócrates trocaram um abraço. Poucos momentos depois, começou a exibição de um filme sobre a história do PS, ao som de «That’s what friends are for» (É para isso que servem os amigos).

Assim sendo, e mais uma vez, o PS vai limitar-se a nem mudar as moscas...

Sem comentários: