Um polícia do Zimbabué foi condenado a dez dias de prisão depois de ter usado uma casa de banho que estava reservada ao presidente Robert Mugabe.
No mês passado, o detective da brigada de homicídios Alois Mabhunu estava ao serviço numa feira anual de comércio, na cidade de Bulawayo, oeste do país, quando teve de usar uma casa de banho.
Quando corria para o WC, dois elementos das forças de segurança que guardavam as instalações tentaram impedi-lo de entrar, mas Mabhunuu enfrentou-os e usou as instalações.
No dia seguinte, o polícia foi detido, acusado de invadir a casa de banho do presidente, e esteve três semanas detido num quartel, até conhecer a sentença.
A história, mais uma, recorda-me a posição de José Marcos Barrica, actual embaixador de Angola em Portugal, e que chefiou em Março de 2008 os observadores eleitorais da África Austral nas “eleições” presidenciais do Zimbabué.
Na altura, certamente com toda a legitimidade mas contra todas as informações independentes que chegavam do Zimbabué, José Marcos Barrica afirmou que as “eleições foram uma expressão pacífica e credível da vontade do povo”.
Também à revelia das informações que chegavam do reino de Robert Mugabe, José Marcos Barrica disse que as eleições foram “caracterizadas por altos níveis de paz, tolerância e vigor político dos líderes partidários, dos candidatos e dos seus apoiantes.”
Barrica não perdeu, aliás, a oportunidade para salientar que “as eleições foram realizadas contra um pano de fundo caracterizado por um clima internacional muito tenso e bi-polarizado onde alguns sectores da comunidade internacional permanecem negativos e pessimistas quanto ao Zimbabué e às possibilidades de as eleições serem credíveis”.
Como se viu, vê e verá, José Marcos Barrica teve, tem e terá razão quanto à democraticidade, legalidade e pacificação do regime de Mugabe.
Recordo igualmente que José Marcos Barrica considerou que “as eleições foram conduzidas numa forma aberta e transparente”, congratulando-se com o facto de a Comissão Eleitoral do Zimbabué “satisfazer os desafios administrativos de levar a cabo as eleições harmonizadas e demonstrar altos níveis de profissionalismo”.
“O grande vencedor é o povo do Zimbabué”, concluiu na altura o chefe dos observadores eleitorais da África austral nas presidenciais do Zimbabué.
E, já agora, recorde-s que o primeiro-ministro de Cabo Verde afirmou que "é preciso que as eleições em todos os países africanos sejam livres e transparentes”, acrescentando que “não considero que estas eleições no Zimbabué tenham sido livres e transparentes. Espero que haja bom senso e que a democracia possa vingar no Zimbabué".
"É preciso liberdade de expressão e de criação de partidos políticos. É isso que tem que acontecer e portanto as eleições não podem ser nenhuma farsa, têm que ser livres e transparentes", afirmou também José Maria Neves.
Questionado sobre a posição de Cabo Verde face ao novo governo do Zimbabué, o chefe do governo declarou-se "solidário com a oposição zimbabueana", afirmando que apesar do executivo "não precisar do reconhecimento de Cabo Verde", a comunidade internacional "não pode pactuar com atitudes desta natureza".
Quando corria para o WC, dois elementos das forças de segurança que guardavam as instalações tentaram impedi-lo de entrar, mas Mabhunuu enfrentou-os e usou as instalações.
No dia seguinte, o polícia foi detido, acusado de invadir a casa de banho do presidente, e esteve três semanas detido num quartel, até conhecer a sentença.
A história, mais uma, recorda-me a posição de José Marcos Barrica, actual embaixador de Angola em Portugal, e que chefiou em Março de 2008 os observadores eleitorais da África Austral nas “eleições” presidenciais do Zimbabué.
Na altura, certamente com toda a legitimidade mas contra todas as informações independentes que chegavam do Zimbabué, José Marcos Barrica afirmou que as “eleições foram uma expressão pacífica e credível da vontade do povo”.
Também à revelia das informações que chegavam do reino de Robert Mugabe, José Marcos Barrica disse que as eleições foram “caracterizadas por altos níveis de paz, tolerância e vigor político dos líderes partidários, dos candidatos e dos seus apoiantes.”
Barrica não perdeu, aliás, a oportunidade para salientar que “as eleições foram realizadas contra um pano de fundo caracterizado por um clima internacional muito tenso e bi-polarizado onde alguns sectores da comunidade internacional permanecem negativos e pessimistas quanto ao Zimbabué e às possibilidades de as eleições serem credíveis”.
Como se viu, vê e verá, José Marcos Barrica teve, tem e terá razão quanto à democraticidade, legalidade e pacificação do regime de Mugabe.
Recordo igualmente que José Marcos Barrica considerou que “as eleições foram conduzidas numa forma aberta e transparente”, congratulando-se com o facto de a Comissão Eleitoral do Zimbabué “satisfazer os desafios administrativos de levar a cabo as eleições harmonizadas e demonstrar altos níveis de profissionalismo”.
“O grande vencedor é o povo do Zimbabué”, concluiu na altura o chefe dos observadores eleitorais da África austral nas presidenciais do Zimbabué.
E, já agora, recorde-s que o primeiro-ministro de Cabo Verde afirmou que "é preciso que as eleições em todos os países africanos sejam livres e transparentes”, acrescentando que “não considero que estas eleições no Zimbabué tenham sido livres e transparentes. Espero que haja bom senso e que a democracia possa vingar no Zimbabué".
"É preciso liberdade de expressão e de criação de partidos políticos. É isso que tem que acontecer e portanto as eleições não podem ser nenhuma farsa, têm que ser livres e transparentes", afirmou também José Maria Neves.
Questionado sobre a posição de Cabo Verde face ao novo governo do Zimbabué, o chefe do governo declarou-se "solidário com a oposição zimbabueana", afirmando que apesar do executivo "não precisar do reconhecimento de Cabo Verde", a comunidade internacional "não pode pactuar com atitudes desta natureza".
Também a UNITA acusou a União Africana e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral de pactuarem com a "ilegitimidade e o desrespeito das normas internacionais" ao aceitarem Robert Mugabe no seu seio como Presidente do Zimbabué.
Por outro lado, o presidente da RENAMO, maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, disse que o Governo moçambicano deveria encerrar a embaixada do Zimbabué em Maputo, em "sinal de reprovação pela postura ditatorial de Robert Mugabe".
Legenda: Robert Mugabe e José Sócrates. O presidente do Zimbabué é o da... esquerda.
Por outro lado, o presidente da RENAMO, maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, disse que o Governo moçambicano deveria encerrar a embaixada do Zimbabué em Maputo, em "sinal de reprovação pela postura ditatorial de Robert Mugabe".
Legenda: Robert Mugabe e José Sócrates. O presidente do Zimbabué é o da... esquerda.
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