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Respondi recuperando parte de um texto publicado em 2001: Todos (?) nos recordamos que quando um cão morde um homem, isso não é notícia. Notícia será (seria) se o homem mordesse o cão. Em alguns jornais nada disto é verdade. O cão pode morder e ser notícia, desde que... O homem pode morder e não ser notícia, desde que...
«Desde que» significa ligações, conhecimentos, interesses etc.. Se o dono do cão que mordeu conhecer um jornalista, de preferência chefe, passa a ser notícia. Se o dono do cão que foi mordido pelo homem não conhecer um jornalista, de preferência chefe, não é notícia.
Isto revela que as notícias são regra geral aferidas não pelo seu real valor jornalístico, mas por toda uma envolvente de interesses em que o critério jornalístico aparece a seguir ao último...
A notícia propriamente dita é, vezes a mais, a última coisa a ser considerada. A grande diferença reside apenas no facto de que uns avaliam a notícia e avançam, enquanto outros avaliam supostas envolventes, eventuais ramificações, e só descobrem que a notícia é notícia quando ela já deixou de o ser, nomeadamente por ter sido publicada noutros órgãos.
Pouco depois chegou o seguinte texto: “Obrigado pela resposta. Para mim foi cabalmente esclarecedora, tornando clara a ideia que de algum modo já pairava num plano meramente intuitivo e empírico”.
Mais palavras para quê?
1 comentário:
Só quem passa pela profissão, tempo suficiente (e dependendo da forma que a assume), é que sabe. Aliás, assumindo-a, trepando por ela, quando para tal se tem essa oportunidade, vivê-la...
Com essa resposta que recebeste... "Mais palavras para quê?"... Dizes muito bem.
Abraço,
SGS
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