A luxuosa (é claro!) casa que o Presidente guineense, Nino Vieira, está a construir no bairro militar de Bissau foi hoje incendiada e saqueada por centenas de jovens, que protestam contra o assassinato do ex-chefe de Estado-Maior da Armada guineense, Lamine Sanhá. Os manifestantes bloquearam também as estradas que dão acesso ao bairro.
"Nino Vieira que mande a sua tropa matar-nos, é o que estamos a pedir", diziam os jovens, enquanto saqueavam os materiais usados na construção da casa, um palacete de dois pisos próximo do Bissau Hotel.Em declarações aos jornalistas, os jovens alegam que Lamine Sanhá foi vítima de uma acção que precisa ter "resposta enérgica" e asseguram que a juventude do bairro militar, onde o comandante residia, "está disposta a responder quem quer que seja".
Nino Vieira vai, mais uma vez e com a cobertura dos amigos da CPLP, pôr a razão da força ao seu serviço e matar uns tantos. A Comunidade de Países de Língua Portuguesa sabe que o povo só tem do seu lado a força da razão. Mas o que é que isso importa?
Nino Vieira vai, mais uma vez e com a cobertura dos amigos da CPLP, pôr a razão da força ao seu serviço e matar uns tantos. A Comunidade de Países de Língua Portuguesa sabe que o povo só tem do seu lado a força da razão. Mas o que é que isso importa?
"Lamine Sanhá é um combatente da liberdade da pátria, não merecia esta morte, tão estranha. Estamos aqui para honrar a sua vida", afirmou um jovem, no meio da grande confusão em redor da casa de Nino.
Sanhá, comandante da Marinha entre 1999 e 2000, foi baleado por um grupo de desconhecidos, na noite de quinta-feira, quando se encontrava na casa de um familiar.
Num comunicado emitido ainda antes da morte de almirante, o Ministério do Interior guineense, condenou o ataque, afirmando que se trata de uma “tentativa para desestabilizar” o país.
Por seu lado, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Luís Vaz Martins, lamentou o sucedido, afirmando que o país “acabou de dar um exemplo vergonhoso ao mundo”.
Sanhá era considerado próximo do general Ansumane Mané, líder da junta militar que em 1999 derrubou Nino Vieira. Mané viria a morrer em circunstâncias pouco claras em Novembro do ano seguinte, na sequência de uma alegada tentativa de golpe de Estado contra o então Presidente, Kumba Ialá.
Em 2004, o almirante esteve detido durante vários dias no quartel-general do Exército guineense, tendo mais tarde acusado o actual chefe de Estado-Maior guineense, Tagmé Na Waie, de ter ordenado a sua detenção por razões políticas.
4 comentários:
Cheira a vingança, tudo isto. Ainda por cima, depois do que aconteceu ao Silvestre Alves, outro tipo próximo de Ansumane Mané.
E Alan Camará que se cuide... Eles vão caindo e os "donos" sorrindo.
Kandandu
EA
O Nino esta jogando um jogo muito perigoso e os inocentes guineenses pagarao no fim. Na tentativa de controlar a forca armada Guineense a todo o custo, o Nino vai criar uma guerra tribal que o mesmo Nino nao escapara das eventuais consequencias. O calculo no assassinato de Lamine Sanha é simplismente uma manobra de afastar o Tagmé a todo o custo.
guineenses deixem de ser mentirosos o General Vieira nao tem nada a ver com a morte desses oficiais....
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