quarta-feira, janeiro 31, 2007

Respeitem o “velho” Holden Roberto

Holden Roberto, com 84 anos, é a única personalidade cimeira do nacionalismo angolano que está viva. Esse facto não será, só por si, suficiente para que Angola lhe atribua, também do ponto de vista dos bens materiais, o que ele merece? Ou será que terá de andar a pedir esmolas aos amigos e ao Governo, já que com o contributo inerente à representação parlamentar da FNLA não tem, digo eu, dinheiro sequer para pagar a luz?

Que país é Angola que tem tanta dificuldade em reconhecer a Holden Roberto, como a Agostinho Neto e Jonas Savimbi, o estatuto de Herói Nacional? Porque razão, o Estado tem tanta necessidade de humilhar Holden Roberto? Será assim que se luta pela instituição de um Estado de Direito?

Não me agrada que este velho guerrilheiro, natural de Mbanza-Congo, no Norte do país, enfrente dificuldades para pagar os tratamentos médicos que não consegue em Angola e que, como se isso não bastasse, o Governo tenha o desplante de dizer que ajuda e avance com algumas migalhas.

Não me agrada que este velho guerrilheiro enfrente dificuldades para pagar os tratamentos médicos, quando Maria Augusta Tome, ou simplesmente “Magu” esposa do Primeiro-Ministro, Fernando Dias dos Santos “Nandó”, aluga um Falcon da SonAir para fazer exames médicos de mera rotina... em Londres.

Respeitem, por favor, o “velho” Holden porque ao respeitá-lo estão igualmente a respeitar os angolanos.

2 comentários:

ELCAlmeida disse...

Que pode Holden ou a FNLA fazer se o Governo angolano - leia-se o Ministério das Finanças - continua a "aprisionar" os fundos e contas bancárias da FNLA sob protesto de querer evitar fugas de capital e sob suspeitas de fraudes fiscais. E isto vem desde o Congresso que o "despediu".
Kandandu
Eugénio Almeida

Anónimo disse...

Infelizmente é o país que temos com a desgovernação de Dos Santos e os seus comparsas, por experiencia os ditadores tenhem um fim amargo, mas, por mais que o nosso presidente esteja agarrado ao poder, vai um dias destes cair do trono.
Abraço caro Orlando

Jose Cesar