O ex-presidente moçambicano Joaquim Chissano foi o vencedor do segundo Prémio Chatham House, que distingue os esforços de estadistas para a implementação das relações internacionais, anunciou hoje a organização britânica.
Joaquim Chissano foi escolhido pelo voto dos membros daquela organização, tendo ultrapassado os dois outros finalistas, Hamid Karzai, presidente do Afeganistão, e a presidente da Comissão de Direitos Humanos da ONU, Louise Harbour.
«O Prémio Chatham House reconhece a contribuição (de Joaquim Chissano) não apenas para a paz e a estabilidade em Moçambique, mas também para a melhoria das relações com os países vizinhos. Moçambique tornou-se num país com o qual outros devem aprender», declarou o director da organização, Victor Bulmer-Thomas, ao anunciar o vencedor.
Presidente de Moçambique entre 1986 e 2005, eleito democraticamente a partir de 1994, Joaquim Chissano, 66 anos, chefiou o governo de transição que preparou a independência de Moçambique, em 1975.
Foi, depois, o primeiro titular da pasta dos Negócios Estrangeiros do novo país e sucedeu a Samora Machel na Presidência moçambicana, após a morte deste último num misterioso acidente de avião em 1986.
Com a introdução do multipartidarismo, em 1994, Chissano venceu as eleições presidenciais desse ano e as de 1999, mas recusou candidatar-se em 2004 a um novo mandato, cedendo, no partido, a posição a Armando Emílio Guebuza, igualmente da FRELIMO, que sempre ocupou o poder em Moçambique.
A cerimónia de entrega do Prémio Chatham House vai realizar-se a 16 de Outubro em Londres. Na sua primeira edição, em 2005, este Prémio distinguiu o presidente da Ucrânia, Victor Iuchtchenko.
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