Angola foi um motivo de inspiração para o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Não propriamente o país mas, sobretudo, o encontro com José Eduardo dos Santos. Para além de se mostrar convicto de vencerá as eleições presidenciais de Dezembro, Chávez comprometeu-se publicamente a convocar um referendo que lhe permita ser presidente vitalício. Ora aí está!
O discurso do governante venezuelano foi realizado logo que terminou as viagens à China, Malásia, Síria, Angola e Cuba. Tudo países democráticos.
"Em 2010, quando completar os meus três anos do próximo mandato (2007-2013), eu mesmo vou solicitar um referendo popular para perguntar ao povo se está de acordo que eu seja sempre presidente", disse Chávez com uma expressão cubano-angolana de elevado sentido democrático.
O presidente venezuelano venceu em Agosto de 2004 um inédito referendo revogatório, solicitado pela oposição, no qual foi ratificado no cargo com quase 60% dos votos. Chávez relembra os "grandes avanços" da sua "revolução", como chama ao processo de mudanças rumo ao modelo "socialista bolivariano" que pretende implantar na Venezuela, quinto exportador mundial de petróleo e quarto abastecedor mais importante dos EUA.
O chefe de Estado sustentou que seus concorrentes à Presidência são os "candidatos do império americano" e do "mister diabo", como se referiu a seu homólogo dos EUA, George W. Bush, qualificado também como "terrorista, genocida e louco".
Em Angola, reconheço, a situação é (parece ser, pelo menos) diferente e José Eduardo dos Santos está muitos, mesmo muitos, pontos acima de Hugo Chávez.
No entanto, a similitude quanto ao apego ao cargo é algo que deve preocupar. Desde logo porque Eduardo dos Santos está no Poder sem legitimidade popular, seja por eleições ou por referendo.
Será que em 2007 as coisas vão mudar? Podem continuar na mesma, mas ao menos que sejam legitimadas pelo voto dos angolanos.
No entanto, a similitude quanto ao apego ao cargo é algo que deve preocupar. Desde logo porque Eduardo dos Santos está no Poder sem legitimidade popular, seja por eleições ou por referendo.
Será que em 2007 as coisas vão mudar? Podem continuar na mesma, mas ao menos que sejam legitimadas pelo voto dos angolanos.
1 comentário:
Agora aqui está um post que nunca deveria ter sido colocado.
Se JES estiver distraído vai aproveitar a sugestão e... lá se vão as eleições em Angola. Elas já são pouco queridas num certo seio, quanto mais com ideias...
Kdd
EA
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