terça-feira, setembro 05, 2006

Algo de novo nas bandas lusófonas

Algo de estranho se passa, digo eu, em alguns países da Lusofonia. Então não é que o Governo de São Tomé quer reduzir impostos sobre o rendimento na ordem de 15 por cento, de modo a incentivar o investimento privado e a relançar a economia nacional? Então não é que os ministros do Trabalho e dos Assuntos Sociais da CPLP anunciaram hoje, em Bissau, terem-se comprometido a adoptar mecanismos de combate "cerrado" ao desemprego e todas as formas de exclusão social no espaço lusófono?

Segundo a vice-primeira-ministra são-tomense, Maria Tebus Torres, o projecto governamental de redução de impostos entrará em vigor ainda este mês, depois de analisado e aprovado dentro de dias pela Assembleia Nacional, Parlamento são-tomense.

A decisão visa "encorajar empresários nacionais e estrangeiros a injectarem mais dinheiro no mercado nacional e alargar mais a área de negócios" numa perspectiva de relançar a economia do País.

A decisão do executivo implicará, naturalmente, o combate ao aumento, sem controlo, de preços de produtos no mercado nacional, uma vez que, projecta-se reduzir os impostos relativos ao desalfandegamento de mercadorias, sobretudo, as de primeira necessidades.

A estratégia tem por finalidade dinamizar outros sectores da actividade económica do país, sobretudo, o turismo, através de redução do imposto relativo ao pagamento pela transacção de propriedade imobiliária, nomeadamente, casa e terreno na vertente de investimento.

Não fora o anúncio (segundo a minha interpretação) de que não haverá eleições em Angola em 2007 (o ministro da Administração do Território, Virgílio Fontes Pereira, diz que, caso decorram no próximo ano, "seguramente" terão lugar durante a época das chuvas), e eu estaria aqui e dizer que, finalmente, as coisas mudam para melhor.

Mas, mesmo assim, as coisas parecem caminhar no bom sentido.

1 comentário:

Anónimo disse...

Companheiro
E para quando a tua própria leitura do livro de Alcides Sakala? Ouvi dizer que, neste caso concreto, até és um leitor privilegiado...
Sou quem sabes