quinta-feira, setembro 14, 2006

Hezbollah acusado de crimes
de guerra contra civis israelitas

Afinal, mau grado os acérrimos defensores que tem em Portugal, o movimento xiita libanês Hezbollah foi considerado culpado de crimes de guerra contra civis israelitas no recente conflito com Israel, acusou hoje a Amnistia Internacional.

"Durante o mês que durou o conflito, o Hezbollah lançou perto de 4000 'rockets' para o norte de Israel (...), um quarto dos quais foi lançado directamente para zonas urbanas", anunciou a organização de Direitos Humanos com sede em Londres.

A Amnistia sublinha, mau grado os que em Portugal falam de Israel como um Estado terrorista, que o balanço dos bombardeamentos - 43 mortos e 33 feridos graves - teria sido muito mais grave se centenas de milhares de israelitas não tivessem fugido e se as cidades e vilas não estivessem equipadas com abrigos eficazes.

O Hezbollah utilizou, nomeadamente, "rockets katioucha" modificados, carregados com milhares de esferas metálicas, com o objectivo de atingirem alvos o mais longe possível. Oito dessas munições, afirma a Aministia, causaram a morte de oito funcionários dos caminhos-de-ferro.

"A escala dos ataques do Hezbollah contra as cidades e vilas israelitas, a escolha de armas usadas e as declarações da direcção, confirmando a intenção de atingir civis, indicam claramente que o Hezbollah transgrediu as leis da guerra", afirmou a secretária-geral da Amnistia, Irene Khan.

Por outro lado, a Amnistia tinha já acusado Israel, em Agosto, de ter igualmente cometido "crimes de guerra" no Líbano, visando "deliberadamente" instalações civis e de ter utilizado bombas de fragmentação no final do conflito.

Para Irene Khan, "o facto de Israel ter igualmente cometido violações graves não justifica, de modo nenhum, as violações levadas a cabo pelo Hezbollah. Os civis não podem pagar o preço da conduta de cada campo".

2 comentários:

angelofpromise disse...

Mau grado é não sabermos quantos civis palestinianos e libaneses foram mortos pelo Estado não terrorista de Israel. Mau grado é existirem dois pesos e duas medidas. Não me parece que em Portugal haja defensores de movimentos terroristas, parece-me mais que as em Portugal queremos igualdade na justiça internacional, não queremos desculpar o Hezbollah, queremos culpabilizar ambos.

Deixo aqui os meus parabéns pelo blog, que concerteza visitarei frequentemente.

ELCAlmeida disse...

Faz o que eu digo - ou por outras palavras, come o que te dou - e não o que lês ou vês...
Não é assim, mas poderia ser o novo adágio popular.
É o mesmo como aquele caso de um partido político português ter recebido em sua casa - que por acaso não é só sua - uma otganização considerada terrorista pela própria e eclética União Europeia, como foi o caso dos colombianos da FARC que mantém prisioneira(?) - será que ainda estará viva? - uma antiga candidata presidencial.
Pois é, faz o que eu digo, não o que eu faço...
Kandando
Eugénio Almeida