terça-feira, setembro 26, 2006

Multinacionais zarpam para Espanha.
Letizia está grávida. Que mais querem?

Cavaco Silva, presidente da República portuguesa, aconselha que as empresas sedeadas em Portugal deixem de “chorar” a avancem para Espanha. É um bom conselho. Mas o melhor é passarem a sede para lá. Pagam menos impostos, têm menos burocracia, os combustíveis são mais baratos etc.. E, é claro, como compatriotas que são, sempre podem abrir uma filial nas terras lusas.

Cavaco referia-se aos empresários portugueses. Mas é claro que as multinacionais têm toda a razão e legitimidade para fazer o mesmo. Isto é: mandar Portugal às malvas e fazer as malas para Espanha.

A General Motors Europeia vai sair de Azambuja e desloca a produção da Opel para Espanha. A Johnson Controls, que produz em Portugal componentes interiores para automóveis, vai fechar para já duas das três unidades que funcionam no país.

E para onde vão? Para onde? Claro. Para Espanha.

A multinacional norte-americana, quarto maior fornecedor de componentes para automóveis no mundo, pretende encerrar as fábricas de Nelas e Portalegre.

A fábrica de Nelas, a maior da multinacional em Portugal, tem cerca de 500 trabalhadores e a de Portalegre perto de 330. Ao todo, são cerca de 830 postos de trabalho em risco.

A terceira fábrica da Johnson Controls, Vanpro, recebe boa parte da produção das outras duas e resulta de uma parceria com os franceses da Faurecia, para fornecer a VW Autoeuropa, localizada em Palmela. As perspectivas em relação a esta unidade, de acordo com o jornal Público, também são incertas.

Mas, para compensar tudo isto, Cavaco foi dos primeiros a saber que a princesa Letizia estava grávida. Haverá algo que pague este sublime prazer de ser dos primeiros a saber tal coisa?

É claro que não…

1 comentário:

ELCAlmeida disse...

Cada vez mais acredito que a História em vez de avançar recicla e regride.
Como diria o poeta e o cantor este país ainda vai ser um grande imério colonial.
Daí que, na linha do que disse na apresentação do seu magnífico livro, não estranho que em breve venha a ter razão e isto passe a ser a República Espanhola de Portugal.
E a História romana quase que o confirma...
...
Ah! e não sabe se o presidente sabe o que os castelhanos não sabem se os príncipes sabem... se é um niño ou uma niña...
Um grande kandando
Eugénio Almeida