Paulo Baldaia, Chefe de Redacção do Jornal de Notícias, titular da Carteira Profissional nº 1943, afirmou num recente artigo que “está em curso uma campanha dirigida por alguns jornalistas para pressionar o Governo a não acabar com o subsistema de Saúde de que beneficiam. Ouve-se e não se acredita. Está tudo bem quando se trata de acabar com os privilégios injustificados dos polícias, dos bancários, dos funcionários públicos em geral, mas alto e pára o baile quando se trata de mexer nos privilégios dos jornalistas”
Muitos Jornalistas, curiosamente quase todos em cargos de chefia e ou direcção (o que convertido naquilo com que se compram os melões marca uma substancial diferença), estão do lado do Governo.
Nada mais natural. Aliás, se eu estivesse por mérito ou por qualquer outra razão, num desses lugares (quase sempre vitalícios em termos de remuneração) talvez defendesse a mesma tese. Não é certo que fizesse, mas admito a dúvida.
”Os representantes do Sindicato, da Caixa dos Jornalistas e da Casa da Imprensa juntaram-se num programa de televisão, chamado Clube de Jornalistas, no canal 2 da RTP, para uma emissão de propaganda que os devia envergonhar”, escreveu Paulo Baldaia, acrescentando que foi “uma hora a desancar no Governo com pura demagogia, incluindo o jornalista que era suposto ser o moderador. Sem ninguém para o necessário contraditório”.
Fala quem sabe, presumo. Diz o Paulo Baldaia que os defensores da Caixa dos Jornalistas (onde me incluo) “alegam, por exemplo, que os jornalistas são uma classe mal paga. Esquecendo que 10% da população ganha menos de 500 euros. Esquecendo que os centros de saúde e as consultas nos hospitais estão carregados de gente que vive a contar os tostões”.
Tem razão. Aliás, se eu estivesse por mérito ou por qualquer outra razão, num desses lugares (quase sempre vitalícios em termos de remuneração) talvez defendesse a mesma tese. Não é certo que fizesse, mas admito a dúvida.
Paulo Baldaia termina dizendo que “o que é preciso é que o Serviço Nacional de Saúde seja melhor para todos os portugueses e isso só se consegue poupando nos subsistemas que tanto agradam aos que deles beneficiam - eu e restantes jornalistas incluídos”.
E para que o Serviço Nacional de Saúde seja melhor, nada mais adequado do que o nivelar por baixo. Ou seja, o que importa não é acabar com os pobres mas, isso sim, com os ricos. Não havendo ricos... seremos todos iguais – pobres.
Uns mais pobres do que outros, é certo. Tal como os jornalistas. Uns ganham (várias) centenas de contos por mês e a maioria pouco mais de uma centena. E ainda há os que não ganham nada. Sendo que a maioria e estes últimos são, é claro, um paradigma de uma classe privilegiada.
Muitos Jornalistas, curiosamente quase todos em cargos de chefia e ou direcção (o que convertido naquilo com que se compram os melões marca uma substancial diferença), estão do lado do Governo.
Nada mais natural. Aliás, se eu estivesse por mérito ou por qualquer outra razão, num desses lugares (quase sempre vitalícios em termos de remuneração) talvez defendesse a mesma tese. Não é certo que fizesse, mas admito a dúvida.
”Os representantes do Sindicato, da Caixa dos Jornalistas e da Casa da Imprensa juntaram-se num programa de televisão, chamado Clube de Jornalistas, no canal 2 da RTP, para uma emissão de propaganda que os devia envergonhar”, escreveu Paulo Baldaia, acrescentando que foi “uma hora a desancar no Governo com pura demagogia, incluindo o jornalista que era suposto ser o moderador. Sem ninguém para o necessário contraditório”.
Fala quem sabe, presumo. Diz o Paulo Baldaia que os defensores da Caixa dos Jornalistas (onde me incluo) “alegam, por exemplo, que os jornalistas são uma classe mal paga. Esquecendo que 10% da população ganha menos de 500 euros. Esquecendo que os centros de saúde e as consultas nos hospitais estão carregados de gente que vive a contar os tostões”.
Tem razão. Aliás, se eu estivesse por mérito ou por qualquer outra razão, num desses lugares (quase sempre vitalícios em termos de remuneração) talvez defendesse a mesma tese. Não é certo que fizesse, mas admito a dúvida.
Paulo Baldaia termina dizendo que “o que é preciso é que o Serviço Nacional de Saúde seja melhor para todos os portugueses e isso só se consegue poupando nos subsistemas que tanto agradam aos que deles beneficiam - eu e restantes jornalistas incluídos”.
E para que o Serviço Nacional de Saúde seja melhor, nada mais adequado do que o nivelar por baixo. Ou seja, o que importa não é acabar com os pobres mas, isso sim, com os ricos. Não havendo ricos... seremos todos iguais – pobres.
Uns mais pobres do que outros, é certo. Tal como os jornalistas. Uns ganham (várias) centenas de contos por mês e a maioria pouco mais de uma centena. E ainda há os que não ganham nada. Sendo que a maioria e estes últimos são, é claro, um paradigma de uma classe privilegiada.
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