Os Médicos Sem Fronteiras (MSF), que trabalham em Angola há 23 anos no apoio ao governo na área da saúde, decidiram abandonar o país por fases. Os belgas e espanhóis da deixam o país já no próximo mês de Dezembro, os suíços em Março do próximo ano e os holandeses até Junho, segundo notícia do Correio da Manhã.
Quer isso dizer que Angola tem já capacidade para assumir o nobre trabalho que estava a ser desenvolvido pelos MSF? Não.
“Desde que a guerra acabou, sentimos menos apoio por parte de algumas entidades angolanas. As dificuldades aumentaram e daí que decidimos sair”, afirmou a responsável dos MSF da Holanda, Erna Vangoor.
Medite-se num exemplo: As autoridades sanitárias angolanas registaram mais de 910 mil casos de malária em crianças entre Janeiro e Dezembro de 2005, das quais 4.446 acabaram por morrer em consequência da doença.
“Demos por terminada a nossa missão de emergência humanitária. Agora cabe ao Governo de Angola, país rico em diamantes e segundo maior produtor de petróleo em África, responsabilizar-se pela saúde do povo, apesar de haver muita falta de serviços, de medicamentos e de infra-estruturas”, esclareceu a responsável dos MSF.
Por outras palavras, segundo a mesma responsável dos Médicos Sem Fronteiras, “a retirada vai criar mais problemas às populações, particularmente agora com o recrudescer da cólera”.
É exactamente isso. Os poucos que têm millhões vão continuar a tratar-se nos melhores hospitais do mundo, os milhões que têm pouco, ou nada, vão continuar a morrer famintos nas esquinas do segundo maior produtor de petróleo em África.
Eugénio Costa Almeida pergunta se Angola vai receber, para resolver a saída dos MSF, mais brasileiros e chineses, acrescentando que “se forem médicos venham eles porque curandeiros e kimbandas temos bons e com fartura!!”.
O ministro da Saúde, Sebastião Veloso, sabe a resposta mas não pode responder. Aliás, basta ver o orçamento que (não) tem. Além disso, se quiser olhar para o povo, corre o sério risco de ser demitido por sua excelência o rei José Eduardo dos Santos.
Quer isso dizer que Angola tem já capacidade para assumir o nobre trabalho que estava a ser desenvolvido pelos MSF? Não.
“Desde que a guerra acabou, sentimos menos apoio por parte de algumas entidades angolanas. As dificuldades aumentaram e daí que decidimos sair”, afirmou a responsável dos MSF da Holanda, Erna Vangoor.
Medite-se num exemplo: As autoridades sanitárias angolanas registaram mais de 910 mil casos de malária em crianças entre Janeiro e Dezembro de 2005, das quais 4.446 acabaram por morrer em consequência da doença.
“Demos por terminada a nossa missão de emergência humanitária. Agora cabe ao Governo de Angola, país rico em diamantes e segundo maior produtor de petróleo em África, responsabilizar-se pela saúde do povo, apesar de haver muita falta de serviços, de medicamentos e de infra-estruturas”, esclareceu a responsável dos MSF.
Por outras palavras, segundo a mesma responsável dos Médicos Sem Fronteiras, “a retirada vai criar mais problemas às populações, particularmente agora com o recrudescer da cólera”.
É exactamente isso. Os poucos que têm millhões vão continuar a tratar-se nos melhores hospitais do mundo, os milhões que têm pouco, ou nada, vão continuar a morrer famintos nas esquinas do segundo maior produtor de petróleo em África.
Eugénio Costa Almeida pergunta se Angola vai receber, para resolver a saída dos MSF, mais brasileiros e chineses, acrescentando que “se forem médicos venham eles porque curandeiros e kimbandas temos bons e com fartura!!”.
O ministro da Saúde, Sebastião Veloso, sabe a resposta mas não pode responder. Aliás, basta ver o orçamento que (não) tem. Além disso, se quiser olhar para o povo, corre o sério risco de ser demitido por sua excelência o rei José Eduardo dos Santos.
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