Normalmente num país onde o povo não tem pão é difícil pôr ordem na casa. Só quem não quer fazer coisas sérias em Angola não percebe que, afinal, o que o país precisa é de um potente choque mental. Assim como estamos (e ao que cada vez mais me parece vamos continuar na mesma) não vamos levar a carta a Garcia... mesmo que o general esteja ao dobrar da esquina.
Governo e oposição apostam em velhas estratégias que, reconheça-se, já deram provas. Justificam que Angola não está em situação que permita testar novos métodos, novas estratégias. Para além de me parecer que os protagonistas escolhidos não conhecem o povo tão bem como dizem, creio até que alguns deles só chegaram a “generais” por serem afilhados do chefe do estado maior. Se assim não fosse, talvez ainda hoje fossem sargentos.
Seja como for, Angola precisa é de uma estratégia (ou desígnio) que valorize quem tem ideias e não quem diz que as tem. Que institua o primado da competência independentemente da filiação partidária e das cunhas. Será isso que vai acontecer? Tudo leva a crer... que não.
É certo que a procissão ainda vai no adro. No entanto, o problema é bem mais extenso. Não se resume a pessoas. Assenta na mentalidade de quem dirige e de quem quer dirigir o país.
São, sobretudo, aqueles que comandam a economia, que dão emprego aos políticos, e os poderes paralelos que ditam as regras do jogo e que, tantas vezes, as alteram quando mais convém. São as grandes empresas, as fundações e outros similares que proliferam na sociedade petrolífera.
Angola não terá futuro se continuar a alimentar o seu império de «sombras». «Sombras» que vivem religiosamente à custa das bençãos, das cunhas, e dos padrinhos.
Com um país assim, onde são (quase) sempre os mesmos a ter acesso ao poder, sendo todos os outros relegados para fora de jogo, só há duas possibilidades: ter ideias e ser marginalizado ou fazer o jogo do chefe, seja este qual for.
A mim a escolha parece-me fácil. Continuo a pôr o poder das ideias acima das ideias de poder. É por isso que continuo sem eira nem beira... embora livre.
Governo e oposição apostam em velhas estratégias que, reconheça-se, já deram provas. Justificam que Angola não está em situação que permita testar novos métodos, novas estratégias. Para além de me parecer que os protagonistas escolhidos não conhecem o povo tão bem como dizem, creio até que alguns deles só chegaram a “generais” por serem afilhados do chefe do estado maior. Se assim não fosse, talvez ainda hoje fossem sargentos.
Seja como for, Angola precisa é de uma estratégia (ou desígnio) que valorize quem tem ideias e não quem diz que as tem. Que institua o primado da competência independentemente da filiação partidária e das cunhas. Será isso que vai acontecer? Tudo leva a crer... que não.
É certo que a procissão ainda vai no adro. No entanto, o problema é bem mais extenso. Não se resume a pessoas. Assenta na mentalidade de quem dirige e de quem quer dirigir o país.
São, sobretudo, aqueles que comandam a economia, que dão emprego aos políticos, e os poderes paralelos que ditam as regras do jogo e que, tantas vezes, as alteram quando mais convém. São as grandes empresas, as fundações e outros similares que proliferam na sociedade petrolífera.
Angola não terá futuro se continuar a alimentar o seu império de «sombras». «Sombras» que vivem religiosamente à custa das bençãos, das cunhas, e dos padrinhos.
Com um país assim, onde são (quase) sempre os mesmos a ter acesso ao poder, sendo todos os outros relegados para fora de jogo, só há duas possibilidades: ter ideias e ser marginalizado ou fazer o jogo do chefe, seja este qual for.
A mim a escolha parece-me fácil. Continuo a pôr o poder das ideias acima das ideias de poder. É por isso que continuo sem eira nem beira... embora livre.
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