O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia, considera que os profissionais da Imprensa devem "esforçar-se por dominar a língua" e diversificar a linguagem, sem prejuízo de elaborarem notícias claras e concisas para que possam ser amplamente compreendidas. Basta ver (com olhos de ver) a Imprensa para se concluir que a estrada da Beira é muitas vezes confundida com a beira da estrada.
Respondendo às críticas de que os jornalistas são co-responsáveis pelo uso simples e redutor da Língua Portuguesa, Alfredo Maia (velho companheiro – camarada, prefere dizer - ) admite que os profissionais da comunicação social "optam por repetir as mesmas expressões", pressionados pelo ritmo frenético dos acontecimentos que os impedem de se esmerar na escrita.
O sindicalista defende os jornalistas. Está bem. Mas, como jornalista, o Alfredo Maia sabe que o “ritmo frenético dos acontecimentos” é apenas uma, entre muitas outras, desculpa. Não há pacatez que valha quando a competência é substituída pela subserviência, mesmo em textos bem escritos.
A "convicção" de que a maioria da população não possui "conhecimentos suficientes para descodificar" as prosas jornalísticas não deve ser impeditiva, de acordo com Alfredo Maia, para os jornalistas, enquanto promotores da Língua e da Cultura, transmitirem "progressivamente" termos que "não são habituais" à opinião pública.
Promotores de quê? Da língua e da cultura?
"Escrever um texto muito bem composto literariamente tornar-se-ia incompreensível para uma parte significativa" do público, insiste o Alfredo Maia esquecendo, digo eu, que há cada vez mais gente letrada e sobretudo receptiva a saber mais. O problema está em que muitos dos fazedores de textos (Jornalistas são outra coisa) são eles próprios literariamente analfabetos.
"Há excelentes jornalistas em Portugal que escrevem de maneira primorosa, com pertinência léxica e elegância sintáctica. Lê-los também é fundamental, não podemos passar sem eles", sublinha sem, contudo, dizer que muitos deles não têm onde escrever.
Por último, uma grande verdade. Há também jornalistas "com uma carência vocabular extraordinária e com um desconhecimento assustador da própria gramática da Língua", pelo que seriam necessárias "acções regulares de formação/reciclagem".
Respondendo às críticas de que os jornalistas são co-responsáveis pelo uso simples e redutor da Língua Portuguesa, Alfredo Maia (velho companheiro – camarada, prefere dizer - ) admite que os profissionais da comunicação social "optam por repetir as mesmas expressões", pressionados pelo ritmo frenético dos acontecimentos que os impedem de se esmerar na escrita.
O sindicalista defende os jornalistas. Está bem. Mas, como jornalista, o Alfredo Maia sabe que o “ritmo frenético dos acontecimentos” é apenas uma, entre muitas outras, desculpa. Não há pacatez que valha quando a competência é substituída pela subserviência, mesmo em textos bem escritos.
A "convicção" de que a maioria da população não possui "conhecimentos suficientes para descodificar" as prosas jornalísticas não deve ser impeditiva, de acordo com Alfredo Maia, para os jornalistas, enquanto promotores da Língua e da Cultura, transmitirem "progressivamente" termos que "não são habituais" à opinião pública.
Promotores de quê? Da língua e da cultura?
"Escrever um texto muito bem composto literariamente tornar-se-ia incompreensível para uma parte significativa" do público, insiste o Alfredo Maia esquecendo, digo eu, que há cada vez mais gente letrada e sobretudo receptiva a saber mais. O problema está em que muitos dos fazedores de textos (Jornalistas são outra coisa) são eles próprios literariamente analfabetos.
"Há excelentes jornalistas em Portugal que escrevem de maneira primorosa, com pertinência léxica e elegância sintáctica. Lê-los também é fundamental, não podemos passar sem eles", sublinha sem, contudo, dizer que muitos deles não têm onde escrever.
Por último, uma grande verdade. Há também jornalistas "com uma carência vocabular extraordinária e com um desconhecimento assustador da própria gramática da Língua", pelo que seriam necessárias "acções regulares de formação/reciclagem".
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