A UNITA manifestou-se hoje preocupada com a alegada (um termo politicamente correcto) perseguição a jornalistas em Angola, a detenção de repórteres em Cabinda e o facciosismo dos meios de comunicação social públicos, principal fonte de informação no país.
Em comunicado divulgado a propósito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que hoje se assinala, o Comité Permanente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), fundado por Jonas Savimbi, defende a revisão da actual Lei de Imprensa em Angola.
Os dirigentes da UNITA entendem que na referida Lei de Imprensa existem "cláusulas que dificultam a liberdade de expressão".
Nomeadamente, aquela que impede - por exemplo - a Rádio Ecclesia, emissora católica, de emitir para todo o território nacional, privilégio apenas permitido à pública Rádio Nacional de Angola. Pois!
"A perseguição aos jornalistas que procuram abordar os factos de forma isenta" e "as detenções de jornalistas em Cabinda" são dois dos exemplos "da ausência de liberdade de imprensa em Angola", refere a UNITA.
O segundo maior partido angolano, com 70 deputados na Assembleia Nacional, acusa ainda a imprensa estatal de não divulgar "as actividades dos partidos da oposição e das organizações da sociedade civil".
O comité permanente do maior partido da oposição angolana chama ainda a atenção para "a situação a que estão submetidos alguns jornalistas da Comunicação Social do Estado, a falta de apoio à imprensa privada e as péssimas condições laborais e sociais dos profissionais da comunicação social".
Está (quase) tudo dito.
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