“Esteja calado e ouça”, disse o primeiro-ministro de Portugal (de que outro país poderia ser?) ao deputado Nuno Melo do CDS/PP. Da próxima, até porque gosta de ser criativo, José Sócrates dirá “coma e cale”. E como oportunidades não faltam, um dia destes ouviremos o chefe do governo de Portugal (de que outro país poderia ser?) dizer : “Eu quero, eu posso, eu mando”.
Mas, o mais grave é que a tese do autocrático (há muito que deixou de ser simples arrogância) José Sócrates está a fazer escola.
Sobejam os exemplos na vida política, empresarial, social (ou qualquer outra) dos que se põem em bicos de pés para, nem sempre usando de um poder legitimiado pela escolha popular, mandar calar os outros, retirando-lhes um dos mais elementar direitos – o de terem direito de opinião.
Por vias indirectas, mas quase todas com o rabo de fora, o Governo de Portugal (de que outro país poderia ser?) está a criar na sociedade verdadeiros arautos da verdade absoluta (que já não é socialista mas, isso sim, socrática) e que, cada vez mais, vão alternando o “ouça e esteja calado” com o “esteja calado e ouça”.
Alguns vão acrescentando, seguindo o espítiro criativo do chefe, “esteja calado e ouça... se quer comer”.
Em Portugal (de que outro país poderia ser?) esta praga domina de tal forma os diferentes poderes que, sinceramente, começo a pensar que mesmo não ouvindo o melhor é estar calado.
Aliás, como diz o meu merceeiro recordando-me uma história já velha deste Portugal (de que outro país poderia ser?), nada melhor para não errar do que nada fazer. Ou seja, estar calado e ouvir, comer e calar porque, afinal, “eles querem, podem e mandam”.
E que querem, querem. E que podem, podem. E que mandam, mandam.
Não admira, por isso que em Portugal (de que outro país poderia ser?) sejam cada vez menos os que se acham no direito de ter e de manifestar uma opinião diferente da do chefe.
Até eu que tenho um grave “defeito” de fabrico, o de ser o que sou e não o que os outros querem que eu seja, moldado nas terras de gente boa (Angola), fui ao arquivo recuperar a proposta de militante que um amigo do Partido Socialista de Portugal (de que outro país poderia ser?) me enviou...
Nota: Este texto foi publicado no Notícias Lusófonas a 1 de Junho de 2006. Repito-o porque acabo de receber desse mesmo amigo do PS (a propósito dos últimos artigos sobre os Jornalistas) o aviso “vê se moderas as críticas”...
Mas, o mais grave é que a tese do autocrático (há muito que deixou de ser simples arrogância) José Sócrates está a fazer escola.
Sobejam os exemplos na vida política, empresarial, social (ou qualquer outra) dos que se põem em bicos de pés para, nem sempre usando de um poder legitimiado pela escolha popular, mandar calar os outros, retirando-lhes um dos mais elementar direitos – o de terem direito de opinião.
Por vias indirectas, mas quase todas com o rabo de fora, o Governo de Portugal (de que outro país poderia ser?) está a criar na sociedade verdadeiros arautos da verdade absoluta (que já não é socialista mas, isso sim, socrática) e que, cada vez mais, vão alternando o “ouça e esteja calado” com o “esteja calado e ouça”.
Alguns vão acrescentando, seguindo o espítiro criativo do chefe, “esteja calado e ouça... se quer comer”.
Em Portugal (de que outro país poderia ser?) esta praga domina de tal forma os diferentes poderes que, sinceramente, começo a pensar que mesmo não ouvindo o melhor é estar calado.
Aliás, como diz o meu merceeiro recordando-me uma história já velha deste Portugal (de que outro país poderia ser?), nada melhor para não errar do que nada fazer. Ou seja, estar calado e ouvir, comer e calar porque, afinal, “eles querem, podem e mandam”.
E que querem, querem. E que podem, podem. E que mandam, mandam.
Não admira, por isso que em Portugal (de que outro país poderia ser?) sejam cada vez menos os que se acham no direito de ter e de manifestar uma opinião diferente da do chefe.
Até eu que tenho um grave “defeito” de fabrico, o de ser o que sou e não o que os outros querem que eu seja, moldado nas terras de gente boa (Angola), fui ao arquivo recuperar a proposta de militante que um amigo do Partido Socialista de Portugal (de que outro país poderia ser?) me enviou...
Nota: Este texto foi publicado no Notícias Lusófonas a 1 de Junho de 2006. Repito-o porque acabo de receber desse mesmo amigo do PS (a propósito dos últimos artigos sobre os Jornalistas) o aviso “vê se moderas as críticas”...
1 comentário:
Parece que o "l'enfant terrible" é que tem razão quando afirmou que a sua queda caiu que nem mel na sopa do PS e na antiga morada do actual inquilino de Belém.
Costuma-se a dizer que com o mal de um ganham outros e, uma vez mais, o adágio foi certeiro.
Por isso não me surpreende que possa mandar calar um jornalista por interposta pessoa.
A partir do momento que o senhor Prof. Cavaco afirmou - ou terá afirmado porque não vi a entrevista e só li trechos dela - que o governo de Sócrates (o do séc. XXI) estava a trabalhar bem, só não devendo mexer nos impostos, tudo agora é de esperar.
Por isso tem capacidade para mandar calar um jornalista, mesmo que por interposta pessoa.
Desde fechar um SAP, recentemente construído, onde só existe um Hospital da Misericórdia (logo privado) e com carência de certas valências ao contrário do tal SAP - em Oliveira do Hospital - ou se baldar para o encerramento de empresas estrangeiras, já tudo lhe é permitido.
Por isso se mandou calar um deputado, porque não mandar calar um jornalista, mesmo que por interposta pessoa.
Também se vê e, por certo, sabe que empresas de comunicação social portuguesas estão a ser compradas por entidades estrangeiras para serem “caladas” ou fechadas porque não há-de mandar calar um jornalista, mesmo que por interposta pessoa…
Kandandu
Eugénio Almeida
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